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Artigo

A boa alimentação não gera disfunção

14 de Agosto de 2020 as 17h 50min

Era umas nove da noite quando ele começa a sentir uma forte dor no peito. Uma sensação sufocante como se fosse morrer. Faziam horas que, ele se encontrava agitado. Seu time preferido havia perdido o jogo e a discussão com a filha lhe tirou o bom humor. Na Unidade de Pronto Atendimento, o médico lhe dá o veredito. Infarto Agudo do Miocárdio. Ele já previa que isso um dia aconteceria. Obeso, com o colesterol fora de controle, sedentário e sem o controle da Hipertensão Arterial que lhe havia sido apresentada há 8 anos. Tudo era anúncio de um evento drástico no futuro.

 

Cuidar da saúde não é uma tarefa fácil. Há séculos, o homem segue em sua saga para manter uma vida saudável. Cuidar com os tipos de alimentos aportados na alimentação diária, fazer exercícios físicos, evitar obesidade e ainda, trabalhar, estudar, cuidar da família e auto superar-se é uma maratona digna de prêmios. Conta-se nos dedos os felizardos que a superam. Não realizar de forma eficaz essas atividades, podem trazer consequências drásticas para a saúde do indivíduo. O fato que cada passo dado é sinal de vitória por mínimo que seja.

Sair em busca do alimento e, poder contar com ele ao retornar para casa sempre foi uma expectativa para muitas famílias, porém, estar com a mesa farta e de barriga cheia não significa saúde. Existem estudos apontando para o consumo de carboidratos, gorduras e proteínas de forma equilibrada. As informações nutricionais básicas é que o ser humano consuma aproximadamente 55% de carboidratos, responsáveis pelo aporte energético para o corpo, 35 % de gordura associadas à energia e metabolismo corporal e, 20 % de proteínas que estão associadas a estrutura do corpo, formação de imunoglobulinas e outras funções importantes ao ciclo vital. As vitaminas e, os micronutrientes completam o cardápio junto com a água, combustível básico para a manutenção da vida. Quando existe um abuso do consumo alimentar, o indivíduo pode predispor à obesidade e a hipercolesterolemia responsável por uma série de doenças.

A hipercolesterolemia ou o colesterol alto é a elevação da taxa de colesterol no sangue. É um dos principais fatores de risco para a Aterosclerose, a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus, além das debilitantes complicações como o Infarto do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral ou “Derrame Cerebral”, dito popularmente. Existem dois tipos de colesterol. O colesterol bom, conhecido como HDL que serve para recolher os outros colesteróis e levá-lo de volta para o fígado, o LDL que é considerado o colesterol mau, se deposita nos vasos formando uma parede obstrutiva de gordura e, existem os outros colesteróis não tão menos importantes mas com participação baixa no prejuízo a saúde. O aporte principal está no consumo excessivo de gorduras. Estas devem ser diretamente observadas e cuidadas para não passarem além do necessário no corpo. Feito o controle alimentar, um grande avanço é dado na prevenção de doenças, principalmente as cardiovasculares.

Outros estilos de vida a serem considerados são as práticas regulares de exercícios físicos, deixando de lado o sedentarismo mas, tudo deve ser agregado de forma paulatina. Dia após dia, avaliando os benefícios de cada atitude afinal, boas práticas geram, benefícios e, a boa alimentação não gera disfunção.

E quanto ao homem infartado? Atualmente segue vivo e trombolisado. Com mais medo e, paulatinamente, melhorando seu estilo de vida. Por que quem tem medo, tem medo e ponto.

Júlio Casé

Artigo

*Julio César Marques de Aquino (Júlio Casé) é médico de Família e Comunidade pela SMS- Sinop/MT. Professor de medicina de pela UFMT campus Sinop. Autor do livro “Receitas para a vida” pela editora Oiticica. Medico residente de Psiquiatria HMCL - SMS - São Paulo. Titular da cadeira número 35 da Academia Sinopense de Ciências e Letras cujo o patrono é o médico e escritor Moacyr Scliar. Contato: email: juliocasemed@gmail.com