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A Comunicação no CiberEspaço

04 de Novembro de 2019 as 14h 26min

Com o surgimento das tecnologias digitais no mundo contemporâneo, e com o advento da internet 2.0 as interações humanas tomaram um rumo não esperado pela humanidade. Parece que nesse ambiente digital a interação humana se dá de forma diferente onde tempo e espaço assumem diferentes dimensões. Em alguns casos aproximando as pessoas e em outros afastando-as. Porém, toda essa virtualidade reflete uma sociedade, na qual alguns sentimentos, que antes ficavam escondidos no âmago do ser humano, vieram à tona, pois as pessoas sentiram-se à vontade para expressar todo o seu ódio e também a  solidariedade, nacionalismo etc. Logo, servindo de espelho de uma sociedade que sofreu um profundo impacto na sua realidade.

De acordo com a visão da autora Vera Menezes (2016), a interação humana se complexificou com as tecnologias da Web. Ela faz referência às redes sociais, mais especificamente o “facebook” e o “twitter”, ciberespaços muito utilizados pelas pessoas para interagir, criando uma nova linguagem. E, recentemente, as pessoas têm migrado para outra rede social, o “instagram”, porém, o comportamento das pessoas ficou mais evidenciado nesses espaços, baseados nos estudos de Menezes (2016) o comportamentos dos usuários lembram  muito as suas atividades diárias seja por manifestações públicas ou no privado.

Essas mudanças provocaram uma imensa quebra de paradigmas, que segundo Baumann (2001), da solidez caminhou-se para a facilidade nos aspectos das essenciais da vida humana: na individualidade, no tempo e espaço, no trabalho da comunidade.” Ou seja, não tem como mudarmos esse estado, é um caminho sem volta, ou você se adapta, ou você fica de fora do processo social, educacional, profissional e até religioso. Há um tempo a humanidade conseguiu desenvolver somente com a habilidade de ler e escrever, hoje, somente essas habilidades não nos permitem interagir nesse mundo digital, cibernético, que exige um outro tipo de letramento.

Os ciberespaços foram criados com o objetivo de otimizar e ampliar as comunicações e informações,   ou seja, temos que procurar o letramento digital, senão ficaremos de fora, porque a linguagem utiliza-se das tecnologias digitais que não são lineares, volátil, topograficamente livre, fragmentada, com acessibilidade ilimitada, interativa e intertextual.

Acredito que houve uma revolução na linguagem, pois os internautas criaram um novo idioma, o “internetês”, utilizado somente nesses meio, por fim, o uso dos ciberespaços é uma realidade e dificilmente voltaremos aos modos anteriores de comunicação, alterando a nossa forma de  interagir nas relações interpessoais.

 

Bibliografia:

ARAÚJO, Júlio; LEFFA, Vilson. (Org.). Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender?, São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

BAUMANN, Z. Modernidade líquida. São Pulo: Zahar, 2001.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo, ed. 34, 1999.

 

Por: Rosa Carolina Silva de Gouveia

E-mail: rcarolinagouveiat@gmail.com

* Este texto foi produzido para a disciplina de Teoria Linguística, do Curso Pós-Graduação Stricto Sensu -  PPGLetras (UNEMAT/Sinop), sob orientação da profa. Dra. Leandra Ines Seganfredo Sant

Rosa Carolina Silva de Gouveia

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