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Artigo

Fibromialgia – quanta dor!

01 de Julho de 2019 as 10h 04min

Imagens ilustrativas da internet

 

“Hoje eu acordei exausta, cansada, quase não dormi a noite, minha cabeça parece que vai explodir, to tão nervosa, não to suportando tanto barulho, to tão deprimida, não me toque que estou com dor e... “  – quem ainda não ouviu queixas semelhantes de uma colega, amiga, ou familiar, seja no ambiente de trabalho, no café de manhã ao redor da mesa, ou até mesmo no silencio do quarto escuro? Pois é, estas queixas são tão comuns que por ouvirmos muitas vezes, parece que isso vai se incorporando no nosso dia-a-dia que passa a ser rotina, nos deixando habituado com estes sintomas aludido por quem sente.

Poucas pessoas de fato se interessam pelo assunto e nem todos os portadores se sentem a vontade de falar um pouco mais desse sofrimento, ainda que de forma imbuída e cautelosa vai se familiarizando com outras pessoas geralmente ambas portadoras da mesma patologia que muito pouco se sabe ate agora. Estamos falando da Fibromialgia (FM), ou, Síndrome da Fibromialgia que é definida como uma síndrome dolorosa crônica, doença pouco conhecida e que ainda não se sabe ao certo, qual a sua origem. Porém, sabe-se que é uma doença predominantemente feminina e que afeta de 3 a 10 milhões de pessoas em todo mundo, sendo que para cada 10 casos, 09 são em mulheres. Ela tem características especifica de dor crônica generalizada, ou seja, dor bem distribuída por todo o corpo, dor na carne (músculos), redução da forca e do desempenho muscular, dor mas articulações (juntas), tendões (garrão, confundida com nervos), fadiga, rigidez, transtorno do sono, estresse, ansiedade e outras alterações que afetam o dia-a-dia sendo referida pelos portadores da síndrome e observada por especialistas.

A incompreensão total da doença e seu mecanismo patológico, impedem as opções de medidas terapêuticas curativas, o que obriga a ampliar a metodologia de tratamento visando o alivio da dor e o sofrimento, minimizando assim, a incapacidade laboral do indivíduo, portanto, é comum e por hora necessário o tratamento farmacológico a base de anti-inflamatórios, analgésicos, antidepressivo, corticoides, acompanhado de outras estratégias multiprofissional como psicologia, fisioterapia, atividades físicas, homeopatia, nutróloga e outras mais, integrada às práticas integrativas, visto que o fator psicológico também é peça chave para qualquer tratamento.

A novidade de tudo isso é que recentemente pesquisadores do Instituto de Física da Univ. de São Paulo podem estar próximo da cura, estudando a sensibilidade e a dor que são conduzidas através de uma rede do sistema nervoso descobriu-se que na palma da mão pode estar a resposta para tudo isso, a pesquisa comprovou que milhares de receptores existente nas células das mãos, pode estar o fator desencadeante de todas as dores, baseado nisso, iniciaram então a aplicação em dose terapêutica de laser e ultrassom na palma das mãos a fim de dessensibilizar estes receptores e com isso conseguiram a comprovação de diminuição importante do quadro de dor de até 50% em seu limiar de acordo com os pacientes portadores da doença e alvo da pesquisa.

Isso representa uma revolução no tratamento da doença e dá esperança a muitos pacientes que espera por um fim em seu quadro doloroso, podendo ser ainda o fim ou ao menos, o controle mais eficiente no uso de AINE (anti-inflamatório) e outras drogas de controle da fibromialgia prevenindo assim as chamadas doenças secundárias, ou seja, aquelas que surgem com uso de medicações, exemplo: a gastrite que pode surgir com uso de anti-inflamatório usados para controlar as dores.

A pesquisa ainda esta em teste, e acredita-se que os novos modelos de tratamento em tempo recorde já estarão disponíveis no mercado, com previsão de uso já no segundo semestre deste ano, lembrado para o uso tanto de novos tratamentos quanto o convencional, há necessidade da indicação de um especialista no assunto, ou seja, um médico reumatologista como sugere a SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia) que é a entidade medica que representa, define diretrizes e ordenamentos no tratamento da patologia.

Enquanto a cura definitiva não vem, sou completamente a favor da inclusão dos portadores da síndrome como portadores de necessidades especiais temporária (se é que um dia poderemos chamar assim) para vários serviços com fila em órgão públicos, preferência no atendimento etc., por que a final, a crise só sente, quem entra nela.

Se você conhece alguém portador da síndrome, imagine o quão doloroso é sofrer em filas, ou ficar muito tempo na mesma posição e no caso delas, é como desejar sair de salto, mas ir de tênis ou rasteirinha porque mais de 5 minutos é uma eternidade no mundo álgico, portanto o lema: gentileza gera gentileza e compaixão, pode ser usado a todo instante, porque de fato, não sabemos até onde a vai dor do próximo, fica a dica!

Havendo dúvidas, o serviço de saúde pública deve ter condições de orientar e disponibilizar tratamento, assim preza a Lei.

Manoelito Rodrigues

Falando de Saúde