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Artigo

Whatsapp na eleição de Sinop

27 de Fevereiro de 2020 as 16h 10min

O aplicativo que desbalanceou a última campanha eleitoral e tomou o lugar da TV aberta como principal ferramenta de publicidade política, deu sinal que repetirá o feito nas eleições municipais.

Desde o começo do ano, diversos grupos – com uma quantidade gigantesca de membros – estão sendo criados. Sem qualquer especificação de quem é o dono ou qual é a proposta de tal agrupamento, pessoas são adicionadas. Muitas acabam saindo do grupo, mas as que ficam são bombardeadas com conteúdo político. Algumas lideranças, que desejam ser candidatos em 2020, aproveitam para tentar ganhar terreno, enviando áudios, as vezes vídeos, sempre externando uma opinião contundente sobre determinado tema.

Dos possíveis usos do aplicativo para fins eleitorais, criar grupos ainda se encaixa como “algo do bem”. Chato, mas do bem. Mas já existem pessoas utilizando todo o potencial lesivo da ferramenta para ter uma vantagem eleitoral. Ou melhor, para gerar desvantagem ao oponente.

Nas últimas semanas, uma notícia considerada “negativa” para um dos pré-candidatos a prefeito de Sinop, começou a ser compartilhada via Whatsapp. Era um “print”, que dava acesso a uma manchete, uma foto do político e algumas poucas linhas de texto. Afinal, o objetivo não era compartilhar a notícia e todo o teor daquela informação. A meta era denegrir o candidato, com uma mensagem curta, fácil de ser assimilada por qualquer eleitor.

A mensagem era encaminhada por um telefone, com DDD do interior de São Paulo. Alguém que está ganhando para fazer esse serviço, que está sendo pago por uma pessoa e que montou um banco de dados com o número de telefones de pessoas de Sinop sabe-se lá como (são muitas possibilidades).

A era da informação, que possui recursos capazes de fazer o eleitor conversar com seu candidato sem a necessidade de se deslocar, que permitiria discussões temáticas que orientariam o político eleito, acabou sendo resumida em um megafone de fofoca, utilizado para espalhar o pior “causo” do outro.

Jamerson Miléski

O Observador