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Desempenho

Inflação de Sinop cai pelo segundo mês e atinge índices japoneses

Com duas quedas consecutivas, inflação local no ano está abaixo de meio porcento

Economia | 28 de Agosto de 2018 as 16h 13min
Fonte: Jamerson Miléski

A inflação de Sinop em 2018 está mais baixa que a do Japão – país conhecido pela estabilidade nos preços ao consumidor. É o que mostra o levantamento realizado pelo departamento de Economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. O estudo divulgado nessa segunda-feira (27), mostra que a inflação no município durante o mês de julho foi de -0,29%. Pelo segundo mês consecutivo, o levantamento registra uma inflação negativa em Sinop – o que significa que os preços ao consumidor, de uma forma geral, ficaram mais baratos.

Em junho a inflação de Sinop foi de -0,90%. No histórico de 2018, o índice também registrou inflação negativa em janeiro -0,38%. Embora nos demais meses do ano os preços tenham subido, a inflação acumulada em 2018 é de 0,42%. Para ter uma ideia de como esse número é baixo, a inflação nacional acumulada no mesmo período é de 2,94%. No Japão, a inflação desse ano é de 0,89%, enquanto em 2017, a inflação total foi de 0,50%.

O que puxou os preços para baixo no mês de julho foi o grupo alimentos. O departamento de economia da Unemat avalia os preços de 216 itens, divididos em 9 grupos de consumo, com diferentes pesos, reproduzindo assim a forma como o sinopense médio gasta sua renda mensal. Alimentação, o grupo com maior peso sobre o salário (24%), teve uma queda de -0,31% no último mês. Comer e se locomover ficou mais barato em julho. O grupo Transporte registrou deflação de -0,09%.

Só a queda nesses dois grupos puxou a inflação de julho. Os outros 7 grupos tiveram alta nos preços. Saúde, por exemplo, subiu +0,18% e Educação +0,15%. Vestuário teve a 3ª maior alta, com +0,10%.

Para o economista da Unemat, Feliciano Azuaga, a deflação pelo segundo mês consecutivo tem dois fatores correlacionados. O primeiro é um efeito residual da greve dos caminhoneiros. Segundo ele, os preços de alguns itens subiram consideravelmente durante o protesto e, agora, estão voltando aos seus patamares de normalidade. O segundo, explica Azuaga, é uma leve recessão econômica local. “Nós sentimos que a economia não se recuperou como o esperado. Houve uma redução no consumo e isso impactou nos preços. O período eleitoral gera instabilidade e o cidadão deixa de fazer grandes aquisições, principalmente em bens duráveis. A econômica movimenta menos e há um impacto generalizado nos preços”, ressalta o economista.

A previsão é de que, nos próximos meses, a inflação nacional e local suba. Isso porque o dólar está em frequente alta e, como ele, o custo de insumos que vem do exterior ou são cotados na moeda americana, como por exemplo o trigo e a gasolina.

O departamento de economia da Unemat monitora as variações dos preços em Sinop desde 2013.

 

Cesta básica mais barata

Como o grupo com maior queda nos preços do mês de julho foi a Alimentação, o custo da Cesta Básica também foi menor no último mês. A Cesta Básica medida pelo levantamento agrupa 13 itens, em quantidades suficientes para manter um homem adulto alimentado por um mês. Esses alimentos ficaram 4,87% mais baratos em julho.

Conforme o levantamento, o preço médio da Cesta Básica em Sinop no último mês foi de R$ 362,90. Um mês antes, em junho, a Cesta custou em média R$ 381,48. O preço mais alto registrado em 2018 foi no mês de maio, quando os 13 itens custaram R$ 390,48.

O que puxou o preço da cesta para baixo foi o óleo de soja (-18,24%), o leite (-13,42%), o açúcar (-10,82%) e a banana (-8,82%). Ficaram mais caros a manteiga (+10%) e o pão (+3,085%).