Sinop
Inflação de Sinop desacelera em maio, ficando próximo de zero
Em 12 meses a inflação acumulada é de 2,99%, índice considerado ideal pelos economistas
Economia | 22 de Junho de 2017 as 17h 54min
Fonte: Jamerson Miléski
Preços acomodados, alimentos mais baratos e um custo de vida estável. Esses são os resultados apontados pelo relatório do CISE (Centro de Informações Socioeconômicas), realizado pelo departamento de Economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop. O balanço referente ao comportamento dos preços locais ao consumidor foi apresentado na tarde desta quinta-feira (22), revelando um cenário econômico bastante otimista.
De acordo com o economista Lindomar Pegorini, coordenador do CISE, a inflação de Sinop no mês de maio foi de 0,06% com relação ao mês de abril. O índice é calculado através de um comparativo de preços em 234 produtos e serviços distribuídos em 9 grupos: Alimentação, Transporte, Habitação, Vestuário, Saúde, Educação, Despesas Pessoais, Comunicação e Artigos para residência.
O grupo com maior peso é Alimentação e Bebidas, que corresponde a 23% do orçamento doméstico. A retração na inflação no mês de maio foi um reflexo na queda de -0,69% nos preços dos itens que compõem esse grupo. Por isso, mesmo com uma alta superior a 1% nas despesas com Saúde e Vestuário – registradas no mês de maio – a inflação geral foi branda.
No cenário geral, os índices de inflação de Sinop são bastante amigáveis. No acumulado de 2017, a inflação geral é de 0,97%. Já no apanhado dos últimos 12 meses, a alta é de 2,99%. Para o economista que coordena o estudo, o índice revela um momento de estabilidade sem estagnação econômica. “Uma inflação que seja entre 2% a 4% no ano é o que chamamos de tolerável. Abaixo disso significa desaceleração econômica, por queda no consumo. Acima disso, achatamento do poder de consumo da população”, explica Lindomar.
Segundo ele, o país atravessa um momento que os economistas chamam de “desinflação”, em que os aumentos dos preços ao consumidor começam ser proporcionalmente menores, após um período de alta. Esse comportamento acaba se refletindo na economia de Sinop. “Apesar de ser interior, temos preços bases altos, similares as capitais. Por isso acabamos sentindo menos a volatilidade dos preços, com quedas e altas de inflação menores que no cenário nacional”, revela Lindomar. A projeção do economista é que, para o mês de junho, seja registrada uma “deflação”, termo utilizado quando o índice de inflação é menor do que o mês anterior, medindo uma queda global no custo de vida.
Cesta básica
O Cise Sinop também acompanha a movimentação dos preços da cesta básica (padrão Dieese), no município. O levantamento mostra que os 13 alimentos que compõem a cesta ficaram 0,62% mais baratos no mês de maio, totalizando um custo de R$ 382,82. O que derrubou o custo foi o tomate, que ficou 26,28% mais barato. O óleo de cozinha também teve forte queda (-7,49%). A redução no preço da cesta teria sido menor se não fosse a alta do feijão, que ficou 24,04% mais caro. A banana também teve alta significativa: +8,22%.
A Cesta Básica do Dieese é um referencial do custo de vida que ajuda calcular, entre outras coisas, o preço do salário mínimo. Os 13 itens que compõem a cesta, em suas respectivas quantidades, correspondem ao volume nutricional necessário para alimentar um homem adulto em atividade pelo período de 30 dias.
Empresários desanimados
O CISE também mede o humor e a expectativa da classe empresaria de Sinop, através do ICE (Índice de Confiança Empresarial). O indicado é uma soma de outros dois índices, de Expectativa e de Atividade empresarial. Cada um desses, por sua vez, relacionam 6 itens: vendas, adimplência, segmento empresarial, investimentos, contratações e economia de Sinop. Os índices vão de 0 a 200 pontos.
Na avaliação sobre a Atividade Empresarial, que mede o momento atual, a queda foi de 6,8%, fechando em 108 pontos. Isso significa que em junho, a atividade do comércio foi pior que no mês anterior, mesmo com as Vendas em alta – o item recebeu 133 pontos.
No indicador de expectativa empresaria, que avalia a projeção do empresário para os próximos 3 meses, a queda foi de 0,83%, somando no total 112 pontos.
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