Economia
Inflação de Sinop é metade da média nacional
IPC-Sinop apontou uma alta de 0,61% no mês de janeiro, contra 1,24% da média nacional
Economia | 26 de Fevereiro de 2015 as 11h 32min
Fonte: Jamerson Miléski
A alta nos preços aos consumidores registrada no cenário nacional durante o mês de janeiro chegou com menos impacto para a economia local. O IPC-Sinop (Índice de Preços ao Consumidor), apontou uma alta de 0,61% na inflação. A média nacional foi de 1,24%.
O índice é medido pelo departamento de Economia da Unemat em parceria com a CDL Sinop. Conforme o levantamento, os grupos que mais impactaram na alta foram Alimentação e Bebidas (+0,31%), Artigos de Residência (+0,04%) e Habitação (+0,01%).
Tiveram deflação, ou seja, queda nos preços, Vestuário (-0,19%), e Saúde/Cuidados Pessoais (-0,02%). Mantiveram estáveis, sem variação, os grupos: Transportes, Despesas Pessoais, Comunicação e Educação.
Para o economista Udilmar Zabot, que coordena o estudo, o índice menor da inflação local em comparação com a média nacional, não significa que o consumidor de Sinop está sentindo menos os impactos. “A cesta de consumo, baseada na renda média, é maior em Sinop. Isso significa que, comparando com o ganho médio, o percentual da inflação é menor. Os preços locais são naturalmente maiores, por isso as altas tem pouco impacto percentual”, explicou.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação de Sinop é de 4,93%. A média nacional acumulada é de 7,36% de alta.
Cesta básica
O departamento também mede o preço da cesta básica em Sinop. Esse indicador tem refletido com mais precisão o que o consumidor tem sentido: está cada vez mais caro ir ao supermercado.
Enquanto pelo índice de inflação os alimentos ficaram 0,31% mais caros, na análise da cesta básica, o preço da comida aumentou 3,46%. Os 13 itens que compõem a cesta (com suas respectivas quantidades), estavam custando ao longo de janeiro em Sinop R$ 386,56. Em dezembro de 2014, esse valor era de R$ 373,62. “Como são itens específicos, de um grupo menor, a alta dos preços fica mais evidente e reflete de forma mais nítida a impressão que o consumidor tem ao ir ao supermercado, de que sua alimentação está mais cara”, comenta Zabot.
Comparando com os dados do Dieese, que avalia o valor da cesta básica em 18 capitais, Sinop tem um dos maiores custos do Brasil. Os mesmos itens e quantidades custam R$ 353,60 em Brasília, R$ 323,73 em Goiânia, R$ 329,58 em Campo Grande e R$ 371,22 em São Paulo.
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