Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Sábado 04 de Maio de 2024

Menu

Alívio

Inflação desacelera e comida fica mais barata em Sinop

Em setembro inflação foi de 0,10%, com uma queda considerável no preços dos alimentos

Economia | 18 de Outubro de 2016 as 18h 03min
Fonte: Jamerson Miléski

Pelo terceiro mês consecutivo o IPC Sinop (Índice de Preços ao Consumidor), registrou queda em comparação com o mês anterior. O indicador, medido pelo departamento de Economia da Unemat em parceria com a CDL Sinop aponta a inflação local a partir do comparativo de preços em mais de 200 itens de consumo relacionados em 9 grupos.

O momento é de desaceleração na alta dos preços e redução não pressão sobre o custo de vida. É o que explica o economista da Unemat, Udilmar Zabot, que apresentou o levantamento referente ao mês de setembro nesta terça-feira (18). Conforme Zabot, a inflação no mês de setembro em Sinop foi de 0,10% - a menor nos últimos 24 meses de levantamento. “Desde a metade do ano espera-se uma queda na inflação que agora começa a se concretizar”, comenta o economista. Com os resultados de setembro, a inflação de Sinop acumulada em 12 meses é de 7,44%, cerca de 1% a menos que a inflação nacional no mesmo período.

O levantamento mostra que a desaceleração da inflação local é motivada pela queda nos preços dos itens que compõem o grupo Alimentação e Bebidas. Nesse grupo, que representa 24% do total do consumo familiar, estão desde as despesas com supermercado até a alimentação fora de casa. Historicamente, o grupo alimentação em Sinop não apresenta deflação (inflação negativa). No entanto, esse é o segundo mês que a média geral de preços dos itens de alimentação é menor. Em agosto, a queda foi ínfima: -0,01%. Em setembro, no entanto, a queda foi de -0,11%. “É uma queda considerável que o consumidor ainda começará a sentir no bolso nos próximos meses. Desde 2015 os preços de alimentação vem sendo reajustados, sem queda. Agora o momento é de adequação”, explica Zabot.

Também registraram deflação em setembro os grupos Transporte (-0,03%), e Artigos de Residência (-0,02%). O grupo Comunicação não teve variação. Subiram os itens dos grupos Saúde (+0,08%), Vestuário (+0,07%), Despesas Pessoais (+0,06%), Habitação (+0,04%) e Educação (+0,01%).

O básico está mais caro

O levantamento da Unemat/CDL traz um pequeno contrassenso. Enquanto os preços dos alimentos, de uma forma geral, ficaram mais baratos em setembro, a cesta básica subiu 2,8%. Em agosto o preço da cesta básica em Sinop era de R$ 414,70. Em setembro, o custo subiu para R$ 426,30. Segundo o economista, isso ocorre porque no grupo alimentação a lista de itens é mais ampla e a redução nos preços foi “coletiva”, sem nenhum produto que tenha registrado uma grande queda. A Cesta Básica, no entanto, é composta por 13 itens em quantidades específicas. Por isso, quando um item importante da cesta básica tem grande alta, o valor final da cesta sobe, embora essa variação não seja representativa na conta geral do grupo alimentos.

Foi o caso do tomate, que em setembro foi responsável por um aumento de 18,5% no valor da cesta básica. São 9kg do fruto por cesta básica, sendo em volume o segundo item mais representativo, perdendo apenas para a banana, com 10,5 kg. Também ficaram mais caros o café e o óleo de soja. Farinha e batata tiveram queda de 5,2% e 6,1% respectivamente.

Na comparação com outras capitais, o preço da cesta básica de Sinop é menor que em Cuiabá (R$ 453,65), Campo Grande (R$ 432,27), Brasília (R$ 461,99) e São Paulo (R$ 471,57). A exceção entre as capitais observadas é Goiânia, com uma cesta básica de R$ 393,39. Segundo Zabot, o baixo custo deve-se a duas quedas consecutivas nos preços.

A cesta básica é o conjunto de alimentos em quantidades suficientes para “nutrir” um homem adulto em condição de trabalho. Ou seja, é a “ração” mínima para alimentar uma pessoa em um intervalo de 30 dias. Por isso, o indicador influencia no cálculo do salário mínimo.