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Missão Internacional

Sinop abre um canal de negócios com a Alemanha

Aproximação com empresas de Frankfurt-Hanh busca negócios na área de aviação e geração de energia

Economia | 16 de Setembro de 2015 as 15h 54min
Fonte: Jamerson Miléski

Não era uma missão oficial, mas acabou ganhando ares de tal. Na última semana o secretário de Indústria e Comércio de Sinop, Zeno Schneider, ciceroneado pelo empresário sinopense Viro Ludwig, estiveram na cidade de Frankfurt-Hanh, na Alemanha, com o intuito de abrir um diálogo junto a possíveis investidores interessados em cooptar Sinop em seu mapa de negócios. A visita que começou sem uma agenda clara durou 3 dias, com direito a bandeira brasileira hasteada no Palácio do Parlamento identificando a presença dos sinopenses.

A jornada foi proposta por Viro Ludwig que tem como contato pessoal um ex-prefeito de Hanh. Há cerca de dois anos o empresário busca uma aproximação entre Sinop e a cidade alemã, no afã de cambiar experiências, principalmente na área de aviação. “Hanh fica no meio da Europa. No final da segunda Guerra recebeu uma base área americana que em 1990 foi transformada em Aeroporto. A cidade se especializou no transporte aéreo de cargas, principalmente para voos internacionais. Hoje é um dos importantes aeroportos da Europa e que não está congestionado. Na nossa percepção poderia ser Hanh o ponto de conexão de Sinop com o continente Europeu para o transporte internacional de cargas”, analisa Ludwig.

Os sinopenses estiveram reunidos com o administrador do aeroporto de Hanh, que tem gestão privada. Mapas do Brasil e do centro-oeste, apontando a localização de Sinop foram apresentados, afim de explanar sobre as condições do aeroporto de Sinop. “Quando ele viu a localização de Sinop, que está no centro da América Latina e informamos ele que o aeroporto mais próximo é Cuiabá, 500km ao Sul e depois Brasília ao Leste, houve um claro interesse”, comenta Zeno Schneider.

Para Viro Sinop pode aproveitar o know-how da aviação em Hanh para seguir o mesmo modelo adotado pela cidade alemã a partir de 90, operacionalizando um complexo aéreo internacional que sirva como uma estrutura logística “chamariz” para investimentos em tecnologia. “O espaço aéreo de Sinop é limpo e com um bom posicionamento geográfico. Existe muito espaço físico [terras] para abrigar indústrias de todo o tipo e o investimento para isso é baixo. É algo que Sinop poderia pensar a respeito”, pondera Ludwig.

Dentro do complexo aeroportuário de Hanh está alojada a Haitec Aero, uma multinacional que atua no segmento de manutenção de aeronaves de grande porte. Os sinopenses também se reuniram com o diretor executivo da companhia e trocaram informações a cerca de Sinop. “Esse é um tipo de empresa de alta tecnologia que Sinop poderia atrair, basta ampliar o aeroporto. Com uma estrutura assim, aeronaves que fazem os voos em todo o país teriam no espaço aéreo aberto de Sinop o seu destino para manutenção e revisão. É uma das possibilidades em aberto”, ressalta Viro.

 

Mais negócios

Durante os 3 dias que passaram na Alemanha, Zeno e Viro receberam o acompanhamento de um “alavancador” de negócios. Essa pessoa conduziu os sinopenses até empresas que poderiam ter interesse em negócios dentro do Brasil. Eles fizeram visitas a empresas que fabricam materiais para geração de energia eólica (através da força dos ventos) e energia fotovoltaica (pelo sol). As indústrias fabricam componentes para campos de geração dessas energias consideradas limpas. “É uma outra possibilidade para nossa região”, comenta Viro.

Outras indústrias de tecnologia foram visitadas. Além dos contatos feitos, ressalta Zeno, a experiência adquirida por si só valida a viagem. “Começamos a compreender como países muito desenvolvidos projetam seus negócios e podem estar abertos a economias emergentes, como Sinop que ainda é precária na industrialização e em logística, mas que tem um potencial grande para crescer”, ressaltou o secretário.

A partir dessa visita um canal de diálogo foi aberto. Um convite oficial já foi feito para esses empresários alemães conheçam Sinop in-loco. Segundo Viro, inclusive cobrindo as custas de sua passagem pelo Brasil, retribuindo o que os eles fizeram pelos sinopenses em seu território.

Para Viro e Zeno, este é um raso começo, ainda sem uma clara noção do que pode render essa aproximação, mas que de início já se mostra produtiva.