Indicadores
Sinop começa 2018 com inflação negativa
Indicador mostra que o custo de vida ficou levemente mais barato no primeiro mês do ano
Economia | 16 de Fevereiro de 2018 as 10h 53min
Fonte: Jamerson Miléski
O departamento de economia da Unemat Sinop, em parceria com a CDL, apresentou na manhã desta sexta-feira (16), o resultado do levantamento econômico referente ao mês de janeiro. Os indicadores apontam que 2018 começa com uma leve deflação.
Conforme o balanço, a inflação de janeiro foi de -0,38% em comparação com o mês anterior. A variação mostra um leve aumento no poder de compra do sinopense. Para fins de comparação, quem gastou R$ 2.000,00 em dezembro conseguiu tomar um chopp a mais em janeiro: R$ 7,60 a mais no poder de consumo.
Segundo o economista da Unemat, Feliciano Azuaga, a principal queda foi no grupo Alimentação. A cesta de consumo do sinopense é formada por 9 grandes grupos, cada um com participação diferente no custo de vida. Alimentação é o grupo com maior peso: 24% da cesta. No mês de janeiro, os mais de 200 itens que compõem o grupo alimentação tiveram uma redução de -0,22%. “O grupo alimentação, historicamente em nosso levantamento, quase não registra inflação negativa. Essa queda deve-se a um ajuste de preços”, avalia Azuaga.
O segundo grupo com maior queda em janeiro foi Habitação: -,017%. O economista atribui a redução a queda no preço dos alugueis. “Os principais indicadores nacionais que servem de parâmetro para o reajuste dos alugueis tiveram pequenas altas em 2017 ou foram negativos. Esse congelamento no preço dos alugueis, atrelado a demanda sempre crescente de Sinop no setor imobiliário afetaram a oferta, reduzindo os preços”, explica o economista.
Também tiveram queda os grupos Vestuário -0,08% e Artigos para Residência -0,07%. Comunicação e Educação não variaram (inflação igual a zero). Os custos que tiveram alta foram Transporte (+0,12%), Despesas Pessoais (+0,03%) e Saúde (+0,01%). “A alta nos custos de Transporte é auto explicável. Vamos para o terceiro reajuste consecutivo no preço dos combustíveis”, contextualiza Azuaga.
De forma geral, a inflação de Sinop é estável, levemente acima da média nacional. Pelo IPC-Sinop (Índice de Preços ao Consumidor de Sinop), a inflação dos últimos 12 meses é de 3,48%. A inflação nacional, acumulada em 12 meses, é de 2,86%.
Cesta básica
Enquanto o grupo Alimentos, de uma forma geral, teve queda nos preços, os insumos mais elementares à alimentação humana tiveram uma leve alta. A cesta básica, composta por 13 itens em quantidades suficientes para nutrir um homem adulto por 30 dias, subiu 0,57% em janeiro. O custo saltou de R$ 378,15 para R$ 380,32.
Os itens que mais subiram foram tomate (+27,3%), batata (+9,8%) e Açúcar (+6,3%). Em contrapartida caiu o preço dos laticínios: leite (-7,0%) e manteiga (-7,9%). Não há uma explicação complexa para a oscilação. “Sazonalidade. Alguns itens da cesta dependem de produção, época da safra e clima”, comenta Azuaga.
A cesta básica de Sinop continua sendo mais barata que a maioria dos grandes centros. Em São Paulo, os mesmos itens custaram R$ 439,20 em janeiro. Em Cuiabá a cesta custou R$ 403,35.
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