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Rindo litros

Venda de cerveja em Sinop aumentou 43% no ano de 2015

Apenas da marca AmBev são 2,6 milhões de litros de cerveja por mês consumidos em Sinop

Economia | 31 de Dezembro de 2015 as 12h 53min
Fonte: Jamerson Miléski

Oscar Wassam está até agora tentando entender o que foi que aconteceu. Ele é o proprietário da Disbenop, distribuidora dos produtos da marca AmBev para Sinop e região. Oscar já fez contas, comparou com o cenário nacional e até com o crescimento mundial da marca que é responsável pela fabricação de 7 entre as 10 cervejas mais vendidas do mundo. “Só pode ter sido o calor que fez esse ano. É a única explicação”, brinca Oscar.

A Disbenop registrou em 2015 um aumento nas vendas de cerveja na ordem de 43% no comparativo com o ano anterior. Esse é o percentual referente ao mês de outubro. Segundo Oscar, o pico de vendas nesse setor ocorre nos meses de novembro e dezembro. Ou seja, o crescimento pode ser ainda maior do que o registrado. “Geralmente os meses de janeiro e fevereiro são ruins. Mesmo com o carnaval, o consumo cai. Nesse ano não aconteceu isso. Desde o inicio as vendas se mantiveram aquecidas”, comenta o empresário.

Cerca de 90% dos produtos AmBev consumidos em Sinop e mais 16 municípios da região são comercializados pela Disbenop. A exceção são as compras diretas feitas por algumas empresas do varejo. A distribuidora atende 1,4 mil pontos de vendas na região. A maior parte da produção vem da unidade da AmBev em Cuiabá. A “palitinho”, como é chamada a latinha de cerveja de 239 ml, carro-chefe da revenda em Sinop, vem de Uberlândia (MG).

Até o primeiro semestre de 2015, a AmBev aumentou suas vendas no território brasileiro em 10%. Segundo Oscar, em anos bons, o consumo de cerveja em Sinop subiu entre 12% a 16%. Os 43% registrados em 2015 estão totalmente fora da curva, mesmo nas projeções mais otimistas.

Principalmente porque a cerveja foi um dos produtos que tiveram aumento dos impostos. O ICMS das bebidas em Mato Grosso subiu 35%. O governo federal incidiu um aumento na tributação das bebidas alcoólicas de 20%. Some a isso o custo do frete que subiu devido ao aumento dos combustíveis e o encarecimento no custo de produção provocado pelos reajustes nas tarifas de energia, que alimentam as indústrias. O resultado é uma cerveja que em outubro de 2015 custa um terço a mais que a mesma cerveja em outubro de 2014. “Desde que a Disbenop começou, em 1998, nunca vendeu-se tanta cerveja”, comemora Oscar.

O empresário não revela o valor do seu faturamento nem os quantitativos das vendas, como quantas cervejas em lata, em garrafa, longneck e litro. Depois de certa insistência Oscar concordou em passar pelo menos uma medida para ajudar a mensurar o volume de cerveja consumido nesse ano de tanta abundância. “Vou passar o volume em hectolitros”, cedeu.

Segundo Oscar, a Disbenop vende por mês 26 mil hectolitros de cerveja das marcas que integram a AmBev. Um hectolitro corresponde a 100 litros. Ou seja, são 2,6 milhões de litros de cerveja por mês. É o suficiente para encher duas vezes o maior reservatório da Águas de Sinop, empresa responsável pelo abastecimento da cidade. Ou se preferir, 2 latinhas de cerveja por dia para cada habitante de Sinop, de recém nascido à idoso.

É cerveja suficiente para deixar a cidade inteira animada.