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Ativista diz que 8 alunos brancos usaram vagas das cotas para entrar em Medicina

Denúncia feita a UFMT pede abertura de processo de investigação

Educação | 31 de Janeiro de 2019 as 16h 21min
Fonte: RDNews

Estudantes que se matricularam no curso de Medicina, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), nesta semana, são acusados de fraude, por usarem ações afirmativas, mais conhecidas como cotas para negros e estudantes de escolas públicas, sem terem o direito. O autor da denúncia e integrante e ativista do movimento negro, Vinicius Brasilino, abriu processo, pedindo que a instituição investigue pelo menos 8 casos suspeitos, na manhã desta quinta (31). A denúncia circula nas redes sociais, onde ele também expôs a suposta fraude, em tom de indignação. Brasilino foi candidato a deputado federal nas últimas eleições pelo PcdoB.

Vinicius relata que uma pessoa o procurou pelo Facebook. “Ontem a noite recebi a denúncia com todos os arquivos”, conta. Segundo ele, a pessoa teria feito uma busca dos nomes no Facebook e constatado as possíveis fraudes no uso das cotas para negros por pessoas brancas.

As possíveis irregularidades aconteceram na semana de matrícula dos aprovados em primeira chamada do Sisu, que é o Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação. O processo usa a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para ingresso no Ensino Superior. As cotas são políticas afirmativas para que negros, indígenas e demais estudantes em estado de vulnerabilidade socioeconômica consigam acesso as universidades públicas.

“Não só eu, mas várias outras pessoas fizeram denúncia na Ouvidoria da UFMT”, comenta.

Vinicius afirma que também irá buscar o Ministério Público Federal (MPF) pedindo que também investigue as possíveis fraudes. “Parece que não há só estes casos que expusemos. Me parece que tem outros. Não só em Medicina, mas em outros cursos”, especula.

“Se a pessoa comprovar que tem a necessidade de usar a cota, não tem problema nenhum. Mas, àqueles que fraudaram, nós queremos a responsabilização, porque, além de crime de falsidade ideológica, é um desrespeito a um direito conquistado pelo negro brasileiro”, opinou.

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ainda não se manifestou sobre o assunto.