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Sinop

Escola pública de Sinop leva ouro com protótipo de foguete

Alunos da Escola Cleufa Hubner são destaque na olimpíada de foguetes

Educação | 13 de Novembro de 2019 as 14h 09min
Fonte: Jamerson Miléski

Um dos melhores protótipos de foguete do país, construído por alunos do ensino fundamental, foi projetado em uma sala de aula de uma escola pública de Sinop. Entre 150 mil estudantes de todo Brasil, 3 alunos da escola Cleufa Hubner foram os autores do projeto que bateu a barreira dos 150 metros.

O experimento dos alunos sinopenses fez parte da Mostra Brasileira de Foguetes – uma competição que integra a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, promovida pela Agência Espacial Brasileira. Ao longo do ano, alunos de todo país desenvolveram seus projetos, em suas escolas. Aqueles que conseguiram lançar seus projéteis há mais de 100 metros, foram convidados a participar da Jornada de Foguetes, fase final da competição.

Nesse final de semana (9 e 10), foi a vez do foguete elaborado pelos alunos da Escola Cleufa Hubner fazer sua “jornada” . Com recursos próprios, levantados na base da “vaquinha” e da venda de pizzas, os 3 alunos foram até a cidade do Rio de Janeiro para fazer o seu lançamento.

Julia Mesquita, Luiza Calai e Bruno Adriel, alunos do 9º ano da Escola Cleufa, competiram com outras 38 equipes na sua categoria. Conforme as regras da competição, a premiação maior vai para o projeto que conseguir ultrapassar a marca dos 150 metros de voo.

Esses “foguetes” precisam, obrigatoriamente, ter propulsão por pressão – basicamente água e ar comprimido de forma manual. O protótipo desenvolvido em Sinop voou por 164,5 metros, a 7ª melhor marca do dia. O score foi suficiente para garantir a medalha de ouro para os alunos da Cleufa Hubner. As condecorações foram entregues pelo astronauta brasileiro e ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Antônio Cesar Naves, professor de matemática na Escola Cleufa Hubner, foi um dos orientadores dos alunos. Ele conta que o protótipo desenhado pelos estudantes utilizou como base duas garrafas pet encaixadas, além de tubos de PVC para fazer a bomba de propulsão. “Foi um projeto interdisciplinar, totalmente experimental, que acabou desenvolvendo vários eixos do conhecimento. Os alunos começaram pela matemática, compreendendo o cálculo da parábola que é a trajetória que o foguete faz – passando pelos cálculos de massa, noções de aerodinâmica, pressão e até concepção artística do projeto. O desenvolvimento foi bastante educativo e a participação na jornada, no Rio de Janeiro, inspiradora”, explicou o professor.

A Mostra Brasileira de Foguetes é realizada anualmente e qualquer escola ou turma pode participar. As inscrições são feitas através do site http://www.oba.org.br/site/