Rota do Oeste
UFMT desenvolve asfalto usando material reciclável
Educação | 17 de Fevereiro de 2020 as 07h 56min

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio de convênio com a Concessionária Rota do Oeste, desenvolveu estudo para que, pela primeira vez, uma rodovia de Mato Grosso receba pavimento de alto desempenho utilizando material reciclável.
Um composto asfáltico elaborado especificamente para atender as características da BR - 163/364 começou a ser testado no processo de restauração da rodovia BR-364. Os trabalhos tiveram início nesta terça-feira (11). A etapa integra o projeto de pesquisa “Aproveitamento de Resíduos de Pavimentosa Asfálticos (RAP) em regiões de alta temperatura e tráfego pesado”, realizado por mio da parceria entre a UFMT e a Rota do Oeste.
O produto que entra em teste tem como novidade o reaproveitamento do fresado, material superficial removido das rodovias durante o processo de recuperação do pavimento, que antes era descartado. Durante o estudo, foi constatado que é possível incluir até 30% do material já utilizado em novas massas asfálticas, garantindo economia de agregados e ligantes, o que mantém a mesma qualidade, desempenho e durabilidade da rodovia. O material foi desenvolvido exclusivamente para atender as necessidades da BR-163/364, que possui intenso tráfego de veículos pesados durante todo o ano.
O estudo foi realizado no laboratório de controle tecnológico de pavimento da Concessionária, localizado na sede da Rota do Oeste e recebeu alunos e professores do curso de Engenharia de Transportes da UFMT. O objetivo final é aplicar a tecnologia em futuras obras de implantação e restauração em todo o trecho sob concessão da BR-163, que vai de Itiquira (km 0) à Sinop (km 855).
“O projeto da Rota do Oeste é muito importante, porque podemos implantar a ação no nosso estado. Nós vamos partir para os trechos experimentais justamente para testar na prática o que já constatamos dentro de laboratório. Até hoje não tínhamos uma destinação nobre para este resíduo e esta é a oportunidade de mudar este cenário”, explica o professor de Engenharia de Transportes da UFMT, Luiz Miranda.
“Para a UFMT está sendo uma oportunidade de alongamento do conhecimento, nós observamos uma realidade atual e ficamos detentores de algo que é repassado para os alunos. A formação deles, depois dessa parceria, é muito superior ao que vínhamos fazendo”, completa Miranda.
O coordenador de Engenharia da Concessionária, Rheno Tormin, diz que antes de ser reutilizado, o fresado passa pelos processos de beneficiamento e caracterização. “O material que é retirado acaba vindo em blocos grandes, então ele passa pela secagem, peneiramento, homogeneização, determinação da granulometria, densidade e teor de ligante”, afirma.
O encarregado da planta industrial na MT Sul, empresa responsável por preparar o asfalto que será aplicado no teste, João Paulo Vitoriano, disse que já trabalhou com reciclados fora de Mato Grosso, mas afirma que, com um estudo aprofundado assim, é a primeira vez. “Toda porcentagem que se deixa de usar de matéria-prima para reaproveitar algo que seria descartado, já é um ganho. Tanto para economia, quanto para o meio ambiente”, conclui.
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