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Epidemia

A cada 168 mato-grossenses, um teve suspeita de Zika em 2016

Números da secretaria de Saúde apontam 18,4 mil casos suspeitos no Estado

Geral | 26 de Abril de 2016 as 17h 46min
Fonte: Jamerson Miléski

No período de 1º de janeiro a 23 de abril deste ano, foram registrados em Mato Grosso 18.417 casos suspeitos de contaminação pelo vírus Zika. Isso representa um caso a cada 168 habitantes – índice considerado alarmante. Os casos são tratados como “suspeitas” porque não existe exames laboratoriais para confirmação da doença na rede pública. A Zika em Mato Grosso, assim como na maioria dos casos registrados no país, é detectada através de diagnóstico médico (exame clínico).

Devido à incidência, Mato Grosso está com risco alarmante, classificação da OMS (Organização Mundial de Saúde) para locais em que há mais de 300 casos por grupo de 100 mil habitantes. 78% dos municípios estão classificados com alto risco da doença.

O Estado ainda registra no ano 1.108 casos suspeitos de febre chikungunya, o que representa uma incidência de 33 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Dois municípios estão classificados com alto risco da doença.

A dengue ainda é a doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti com maior incidência no Estado. Foram notificados 21.072 casos, conforme boletim epidemiológico da área de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Segundo os dados, 84 municípios apresentaram alta incidência para a doença. No estado, a incidência é de 645 casos notificados a cada 100 mil habitantes – o dobro do considerado “seguro” pela OMS.

Os casos aumentaram 103% em comparação ao mesmo período de 2015, quando foram registrados 10.391 casos de dengue no estado. De acordo com o boletim, nesse período foram notificados 7 óbitos suspeitos de dengue, ocorridos nos municípios de Juína, Aripuanã, Canarana, Água Boa, Cuiabá, Sinop e Tangará da Serra. Destes óbitos, três foram confirmados e quatro seguem em investigação.

Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ressalta a importância de traçar, executar e intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti por parte dos municípios, principalmente, com o envolvimento da população. “A população precisa se sensibilizar para o combate e controle do mosquito porque 80% dos criadouros são encontrados nas áreas ao redor dos domicílios. É importante que as pessoas eliminem semanalmente todos os possíveis criadouros, impedindo o mosquito de nascer, porque é mais fácil combater ele em sua forma larval do que voando”, explica a coordenadora de vigilância epidemiológica, Flávia Guimarães.

Além disso, a SES tem orientado e capacitados os profissionais de saúde, para que a rede de assistência esteja sempre alerta para receber os pacientes que apresentem as sintomatologias das doenças. “É preciso que os profissionais estejam atentos para realizar o manejo clinico correto e de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, para que o agravamento dos sintomas das doenças e possíveis óbitos sejam evitados”, pontua Flávia.

 

Cuidados

A SES recomenda alguns cuidados simples que podem ser tomados por todos em suas residências, para reduzir o risco de transmissão da dengue, febre chikungunya e zika vírus, como evitar água parada em qualquer tipo de recipiente. Além disso, é preciso manter os quintais e terrenos sempre limpos e as caixas d’águas devidamente fechadas. Recomenda-se que o paciente ao apresentar sinais e sintomas das doenças deve procurar imediatamente os serviços de saúde e evitar o uso medicamentos sem prescrição médica.