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Sinop

Criança morre com suspeita de leishmaniose visceral

Diagnóstico médico apontou a doença como possível caso do óbito. Secretaria faz contenção na região

Geral | 07 de Outubro de 2015 as 14h 37min
Fonte: Jamerson Miléski

Sinop ligou um alerta epidemiológico. Foi registrado na noite de ontem, terça-feira (6), um óbito de uma criança de 2 anos de idade, diagnosticada com Leishmaniose Visceral. A suspeita foi levantada pelo médico em seu diagnóstico. A paciente estava internada no Hospital Santo Antônio desde o dia 25 de setembro, sendo tratada com suspeita de pneumonia. No dia 1º de outubro a criança começou a ter um inchaço abdominal. Nesse momento o médico solicitou um exame sorológico e iniciou o tratamento para suspeita de leishmaniose. O exame só ficou pronto na segunda-feira, confirmando a suspeita. A criança morreu um dia depois devido ao agravo do quadro da doença.

A secretaria de saúde de Sinop solicitou um segundo exame sorológico para confirmar ou afastar a suspeita. Uma amostra do sangue foi encaminhada para um laboratório de Cuiabá que é referência em sorologia. Enquanto o resultado não chega, agentes da divisão de epidemiologia da cidade começam a instalar armadilhas para captura de mosquitos nas proximidades onde a criança morava. Ela residia com a família no Bairro Nossa Senhora Aparecida, próximo ao cemitério municipal. Também serão feitos exames rápidos em animais domésticos.

Segundo o secretário de saúde de Sinop, Manoelito Rodrigues, um levantamento realizado pela equipe técnica do Estado, no mês de abril, não detectou a presença do mosquito transmissor da doença. A Leishmaniose é uma doença parasitária normalmente encubada por cães (mas também está presente em demais mamíferos), transmitida através da picada de mosquitos flebótomos - também conhecidos como mosquitos-palha.

Esse foi a primeira morte provocada pela doença em Sinop. Difícil de ser diagnosticada e praticamente irreversível após seu estágio avançado, a Leishmaniose Visceral ataca os órgãos que concentram leucócitos: fígado, baço e medula óssea. O período de incubação da doença no ser humano pode durar 2 anos. Sem tratamento, é fatal em 100% dos casos.