Déficit na Saúde ultrapassa os R$ 330 milhões
Rombo herdado pelo atual governo era de R$ 700 milhões
Geral | 09 de Outubro de 2019 as 10h 06min
Fonte: Redação com Assessoria

Para colocar a saúde de Mato Grosso em dia seriam necessários R$ 331,3 milhões. Essa foi a informação que o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo apresentou para os deputados, ontem terça-feira (8).
O balanço das contas da saúde pública foi apresentado para Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, durante audiência pública.
O presidente da Comissão, Paulo Araújo (PP), afirmou que a Assembleia Legislativa tem feito o seu papel ao acompanhar 'in loco' como o governo vem investindo os recursos financeiros disponíveis nas unidades de saúde em vários municípios de Mato Grosso. Segundo ele, o governo vem cumprindo com todas as diretrizes do sistema público de saúde. “O governo atual herdou um déficit de quase R$ 700 milhões. Em função disso, sabemos das dificuldades financeiras e dos poucos recursos para serem aplicados em investimentos. O grande trabalho da Comissão de Saúde da Assembleia e do governo é de reverter esses números através do incremento de receita orçamentária para o ano que vem”, explicou Araújo.
O secretário Gilberto de Figueiredo afirmou que o governo atual recebeu os cofres da saúde pública com um déficit de R$ 613 milhões, e que o governo já amortizou mais de R$ 300 milhões. Ele garantiu que o estado está em dia com os repasses feitos para as 141 prefeituras mato-grossenses e ainda com os fornecedores.
“A performance é razoável. A arrecadação do estado ainda não permite que faça mais investimentos na área. O governo já chegou a quase 10% de investimentos de um total de 12% constitucional, que devem ser aplicados todos os anos na saúde pública do estado. Há judicialização de R$ 80 milhões, que, na área de saúde, foram apropriadas como despesas”, explicou Figueiredo.
Nesse período, de acordo com o secretário, o governo corrigiu as distorções de suplementos existentes nos hospitais regionais. Segundo ele, todos estão abastecidos. Outra iniciativa realizada nos últimos quatro meses foi a inauguração do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, que atende pacientes de alta complexidade vindos de todo o estado.
“A nossa equipe se debruçou no planejamento da melhoria em infraestrutura da rede hospitalar, fazendo um amplo diagnóstico. Já preparando os projetos estruturantes de intervenção física e na melhoria do parque tecnológico de todas as unidades hospitalares”, destacou o secretário.
Segundo ele, o ano de 2019 é considerado difícil porque o governo o começou com um déficit de R$ 613 milhões e que isso tem comprometido o seu desempenho. “Uma coisa é o orçamento e a outra é a disponibilidade financeira. O governo tem feito um esforço brutal para manter em funcionamento todas as estruturas da saúde. Para manter a adimplência com fornecedores e os repasses aos 141 municípios, mesmo não tendo incrementado o fluxo de caixa”, explicou Gilberto de Figueiredo.
Segundo ele, o estado está em dia com os repasses feitos aos municípios. Em 2018, por exemplo, o ex-governador Pedro Taques deixou cerca de R$ 450 milhões de restos a pagar. Desse total, quase R$ 300 milhões era com os municípios mato-grossenses.
“Há um grande esforço de gestão deste governo para que cada centavo seja bem aplicado. O governo acabou de elaborar um programa de modernização da rede de assistência de hospitais e unidades especializadas e ainda esse ano o governador deve apresentar um portfólio de melhorias na área de saúde, esperanças que o estado tem há mais de 20 anos e que até hoje não foram concretizados”, disse Gilberto Figueiredo.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves, afirmou que os números apresentados mostram que são insuficientes para atender toda a demanda da saúde pública em todos os 141 municípios mato-grossenses.
No projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO 580/2019) há uma redução dos valores que serão empregados à área de saúde. “Os números de produção têm uma performance e um reflexo. Um dos gargalos é o setor de cardiologia, que continua com uma fila grande e continua matando. Já na saúde mental há necessidade de investimentos de R$ 175 milhões. Esse dinheiro não está locado na SES. Isso precisa ser resolvido”, destacou Alves.
O deputado Dr. João (MDB) disse que já existe em Mato Grosso um montante de R$ 184 milhões judicializados. Desse total, cerca de R$ 80 milhões aconteceram este ano. “É um absurdo uma cirurgia custar R$ 5 mil e quando é judicializado custar R$ 50 mil. Por isso, é preciso criar uma tabela definindo os valores que devem ser cobrados”, destacou o parlamentar.
Notícias dos Poderes
Tribunal de Contas mantém suspensão de concurso público denunciado por prefeito em MT
16 de Outubro de 2025 as 06h42Governo do Estado anuncia a BRB Stock Car no moderno autódromo de MT
16 de Outubro de 2025 as 07h00Turista é multada em R$ 10 mil por tocar em tartaruga-marinha em Fernando de Noronha
15 de Outubro de 2025 as 17h12Em incêndio, mulher se pendura no ar-condicionado e salva mãe e filha
A mulher teve teve 90% do corpo queimado e está em estado grave no hospital.
15 de Outubro de 2025 as 16h46Duplicação da BR-163 entre Sorriso e Sinop recebe prêmio nacional nesta quinta-feira (16)
Obra foi destravada após o Governo de Mato Grosso assumir a concessão da rodovia
15 de Outubro de 2025 as 14h39Juiz obriga Bradesco a indenizar família que comprou casa em leilão viciado
Venda de imóvel foi anulada anos depois porque banco não seguiu as regras do próprio leilão
15 de Outubro de 2025 as 14h39Zuquim anuncia sessão em novembro e quer diálogo sobre nomes
Tribunal de Justiça vai reduzir lista sêxtupla da OAB-MT para 3 nomes; escolha final é de Mauro Mendes
15 de Outubro de 2025 as 11h26