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PORTARIA 443/14

Deputado recorre à bancada federal para “salvar” setor madeireiro

Articulação é para que a portaria seja derrubada

Geral | 06 de Fevereiro de 2015 as 14h 25min
Fonte: Assessoria

Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), publicada em dezembro do ano passado, proibiu a coleta, corte, transporte, e o armazenamento da Itaúba, Garapeira, Jatobá, Cerejeira, Jequitibá e a Cedro; Parlamentar teme desemprego em massa e queda na economia local.

O deputado estadual, Silvano Amaral (PMDB) recorreu aos deputados da bancada federal de Mato Grosso, Carlos Bezerra (PMDB) e Valtenir Pereira (PROS) na tentativa de conseguir a revogação da portaria 443/2014 do Ministério do Meio Ambiente, publicada em dezembro do ano passado, que proíbe a coleta, corte, transporte e o armazenamento da Itaúba, Garapeira, Jatobá, Cerejeira, Jequitibá e Cedro, por risco de extinção das espécies.

Segundo Silvano, a extinção das espécies em Mato Grosso será contestada. Disse ainda, que o governador do Estado, Pedro Taques (PDT) já solicitou à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) uma pesquisa indicando a situação de cada uma das espécies apontadas pelo MMA. Em nota encaminhada à imprensa, Taques afirma que se os relatórios comprovarem que as espécies não estão em extinção, ele irá com os documentos em mãos ao Ministério, afim de que a portaria seja revogada ou readequada. “O setor madeireiro depende desse tipo de matéria-prima para sobreviver”, disse o parlamentar que alertou sobre uma possível demissão em massa e queda na economia local. “A divulgação da portaria foi uma surpresa para o setor que agora está de mãos atadas. A portaria tem que ser reavaliada o mais rápido possível. Foi um golpe muito forte, mas a nossa bancada em Brasília já se mobilizou e o governador se mostrou sensível a questão”, assegurou Silvano Amaral.

Lucinei Amaro, proprietário da empresa Marilu Madeiras, em Sinop disse que a situação é desesperadora. “Estamos desesperados. Não sei o que vai ser de nós, se essa portaria não for revogada. O prejuízo é muito grande para a maioria das empresas que, hoje, possuem esse tipo de madeira no pátio”, ressaltou o madeireiro.

Geraldo Bento, presidente do Centro das indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), também defende a revogação da portaria. Ele alerta que o setor enfrenta uma situação bastante crítica na base florestal em razão da portaria lançada há menos de 40 dias. “Travou o segmento florestal num momento de crescimento e numa atividade que, ao contrário do que prevê a portaria, ajuda a preservar estas espécies e não a extingui-las. Sendo assim, precisamos reverter essa medida urgentemente, até porque, hoje, já temos várias empresas no estado paralisadas em virtude da instalação dessa determinação do MMA e a situação pode ficar cada vez mais alarmante", avaliou Bento.

O deputado Silvano ressaltou que, “o risco de extinção é apurado, mas até que se prove o contrário não podemos cruzar os braços diante de uma situação como esta. Estamos falando de milhares de trabalhadores e de empresas que correm o risco de fechar as portas, já que a medida poderá afetar, consideravelmente, a economia do nosso estado”, alertou o peemedebista.

O peemedebista acredita que, até a próxima semana a portaria será revogada, mas adiantou que “caso isso não ocorra, não tenha dúvidas, uniremos com o setor e vamos para cima até que a situação no estado (Mato Grosso) seja controlada”, disse Silvano em tom de aviso.