Eixo de escoamento
Emenda a LDO prevê recursos para ligar Mato Grosso à Hidrovia Paraguai-Paraná
Senador tenta fazer da hidrovia uma rota viável para as exportações mato-grossenses
Geral | 19 de Julho de 2019 as 10h 14min
Fonte: Redação com assessoria
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) apresentou uma emenda ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo recursos para a Hidrovia Paraguai-Paraná. Segundo ele, trata-se de um importante eixo de escoamento da produção do Centro-Oeste e com custo menor de frete, além de considerar o modal ambientalmente ideal.
Wellington é presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi) e afirma que os recursos para essa promissora via “representam um aumento da competitividade, na medida em que reduz o custo para quem quer produzir e auxiliar o Brasil a sair da crise”. A LDO deve ser votada no começo de agosto e, uma vez aprovada a emenda, os valores serão definidos na Lei Orçamentária Anual.
“Depender apenas de nossas rodovias para levar toda a produção mato-grossense aos portos do país, para exportar, é muito caro. Por isso, queremos que outras alternativas, como a Hidrovia Paraguai-Paraná, sejam contempladas com verbas garantidas no Orçamento do ano que vem. Essa é uma emenda minha, mas uma preocupação de todos aqueles que querem ver obras concluídas e nosso Brasil muito mais forte”, discorreu o senador.
A Hidrovia Paraguai Paraná envolve os cinco países da Bacia do Rio da Prata: Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Seu projeto originalmente prevê a execução de centenas de obras de intervenção pontuais de dragagem, derrocamento, retificação de curvas em diversos pontos dos leitos dos rios Paraná e Paraguai. A hidrovia começa no município de Cáceres, no Oeste de Mato Grosso, e atravessa 4122 quilômetros até o Uruguai.
A hidrovia passa ainda pelas cidades de Corumbá/MS e Assunción/Paraguai e, de toda a extensão da hidrovia, 1270 km estão em território brasileiro ou em suas fronteiras, sendo 890 km no interior de Mato Grosso do Sul, 48 km na fronteira com a Bolívia e 332 km na fronteira com o Paraguai.
A intenção das obras na via é deixá-la apta a permitir o tráfego de barcaças 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias do ano. Pela região passam enormes comboios que percorrem suas águas, transportando soja, trigo, minérios, combustíveis e madeira. Mas as curvas são muitas e bem acentuadas. No tempo da seca, bancos de areia surgem do nada, como icebergs, dificultando a navegação.
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