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Sinop

Empresário rebate denúncia de furto de energia em unidade de saúde

Prédio ligado ao “gato” de luz abriga a agência dos Correios do Camping Clube

Geral | 28 de Novembro de 2016 as 16h 31min
Fonte: Jamerson Miléski

Na sexta-feira (25), o GC Notícias noticiou a denúncia feita pela secretaria de Saúde de Sinop referente a uma rede clandestina de energia elétrica, no posto de saúde do Camping Clube. A informação inicial era de que a rede abastecia o prédio ao lado da unidade, onde funcionaria o escritório administrativo do loteamento.

O empresário e fundador do Camping Clube, Ivanildo Ramos Vieira, rebateu a denúncia. Segundo ele, o escritório da loteadora não funciona no referido imóvel, sendo o prédio destinado à um posto comunitário dos Correios. “Eu, Ivanildo Vieira, é quem pago o aluguel do prédio e a funcionária que ali atende, totalizando R$ 2,3 mil por mês, Por entender que é um serviço público essencial para comunidade e de responsabilidade do município, conforme lei municipal que criou as agências comunitárias, no Alto da Glória, Camping Club e São Cristóvão”, relatou o empresário. “Não sou ladrão de energia e muito menos vampiro”, completou Ivanildo.

O “gato” foi denunciado pela secretaria de Saúde na Energisa (concessionária do serviço de energia), com o número 36588910. O caso foi encaminhado para a procuradoria jurídica do município para que seja instalada uma sindicância que irá apurar os fatos.

A ligação foi feita após o padrão de energia elétrica (medidor de consumo), pouco antes da linha principal da rede entrar no imóvel. Fios foram conectados e esticados paralelo ao telhado em direção ao imóvel vizinho. Segundo o secretário de saúde do município, Manoelito Rodrigues, a energia consumida na unidade de saúde é paga pela prefeitura. O prédio onde funciona o posto de saúde é alugado pelo município, que paga R$ 1,7 mil por mês.

Imbróglio na locação

Ivanildo também se manifestou com relação a locação do imóvel. O secretário de Saúde, Manoelito Rodrigues, havia informado que há cerca de 2 anos, o empreendedor e idealizador do Camping Clube, Ivanildo Ramos Vieira, ofereceu o prédio à secretaria de Saúde como sendo de sua propriedade, para que a prefeitura instalasse uma unidade de saúde sem custo. Conforme o secretário, meses depois, outra pessoa apareceu na secretaria informando que era proprietária do prédio, pedindo para o município desocupar o local ou pagar pelo aluguel.

Ivanildo esclareceu o caso. Segundo ele, em novembro de 2014, o então secretário de Saúde, Francisco Specian, procurou a administração do Camping Club, dizendo que o bairro e a região poderiam ficar sem atendimento médico a partir de janeiro de 2015. “Imediatamente eu desocupei aquele prédio e cedi gratuitamente, isto porque era para ser provisório, por pouco tempo, porque o prédio era inadequado para a atividade. Eu paguei o aluguel até novembro de 2015, tenho todos os recibos, assinados por Airton de Lima Freitas (para quem eu vendi o prédio), após ter cedido para a saúde, no mês de junho de 2015. Iniciamos então os entendimentos para que passasse a pagar tal aluguel, já que o que era provisório, tinha virado permanente”, explicou Ivanildo.

O empresário lembra que pagava R$ 700,00 de aluguel, mas que as avaliações feitas apontaram o valor de R$ 1,7 mil mensais. “O dono do prédio queria agilidade, entregou a documentação em mãos para o novo secretário [Manoelito], que extraviou toda documentação. Somente 2 meses depois, fui junto com o senhor Airton à secretaria pra ver como estava o andamento e ficamos sabendo do sumiço dos documentos. Iniciamos tudo de novo”, conta Ivanildo.

Os pareceres do Prodeurbes foram contrários à locação devido as péssimas condições do prédio. O proprietário não tinha condições de fazer as adequações e a secretaria de saúde não tinha orçamento. Ivanildo conta que pagou do seu bolso parte dos materiais de construção e da mão de obra para reformar o prédio. “Tudo isso pra que a comunidade não ficasse sem atendimento”, completou.

Para o empresário, a postura da secretaria de Saúde no caso demonstra ingratidão com quem vinha ajudando o poder público a realizar suas obrigações dentro do bairro.