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Plano de Ação

Estado destinará R$ 20 milhões para matar mosquito

Dinheiro será repassado para os municípios adquirirem fumacê e bombas costais

Geral | 23 de Dezembro de 2015 as 16h 50min
Fonte: Renata Prata | Gcom-MT

 

O governo de Mato Grosso apresentou um plano emergencial de enfrentamento ao Aedes aegypti na manhã desta quarta-feira (23). Foram exibidos os dados epidemiológicos da Dengue, Chikungunya e Zika, a assistência a gestantes e crianças com microcefalia em Mato Grosso, a Campanha Publicitária de sensibilização a sociedade no combate aos criadouros do mosquito e as ações imediatas que serão adotadas durante o período de chuva. As medidas estão sendo coordenadas pelas secretarias de Saúde, em integração com secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil, municípios e União.

Entre as ações apresentadas no plano emergencial estão a distribuição aos municípios de ‘fumacê’, bombas costais e insumos como inseticidas e a capacitação por meio de teleconferências para os profissionais da saúde estadual abordando vigilância, controle, diagnóstico e assistência as doenças. Em conjunto com os municípios, o estado irá garantir atenção aos pacientes para diagnóstico e tratamento, em especial as gestantes e bebes. Todas as referências que atendem o sistema único de saúde estarão orientadas a receber os pacientes para o acompanhamento neurológico dos pacientes.

O governador Pedro Taques destacou que o estado repassará aos municípios R$ 20 milhões para o combate ao Aedes aegypti e lembrou que o trabalho de controle é feito em parceria, com participação fundamental da sociedade e uma atenção especial as grávidas. “O trabalho de combate começou quando foi notificado o primeiro caso. Estamos preocupados com a situação e esta preocupação se transforma em ações”.

Deste recurso, R$ 13 milhões serão divididos por todos os municípios de Mato Grosso em partes iguais para aquisição de veículo automotor e equipamentos para atender a área de vigilância em saúde e R$ 7 milhões para serem aplicados em ações de controle do mosquito transmissor, coordenado pelos escritórios regionais da secretaria de saúde, como mobilização da população e compras de inseticida. 

O trabalho que o estado estará realizando junto com entidades civis como clubes de serviços, igrejas e associações de bairros para a mobilização e conscientização da comunidade é apontada como ponto chave pelo secretário de saúde, Eduardo Bermudez. “É fundamental que a população abra suas portas e entenda a importância do controle dos criadouros dos mosquitos, em pátios e reservatórios de água dentro de sua casa. Essa conscientização é fundamental para o controle destas doenças”. Esse trabalho junto a comunidade será coordenado pela secretaria de Saúde, escritórios regionais de saúde e Defesa Civil.

Entre os dias 04 e 15 de janeiro será realizado uma varredura em todo o estado, começando por Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, que são os maiores municípios, para realizar uma avaliação precisa da situação real do estado, explica a secretária adjunta de Políticas de Atenção a Saúde, Maria Salete Ribeiro. A partir deste diagnóstico serão estabelecidas metas no final de janeiro para o monitoramento das ações. Os relatórios serão realizados a cada 15 dias, até o final de março e as férias e recesso dos técnicos da secretaria foram suspensa para a intensificação do combate, explica a secretária. “Esperamos que por meio das parcerias com as secretarias municipais até o final de março a gente possa ter vencido essa batalha ou no mínimo ter saído dessa situação de emergência. A situação não está fora de controle, mas é de risco, é preocupante. É um ato coletivo, de humanidade, cidadania e solidariedade”.

Uma sala de crise com uma linha de comunicação com o Ministério da Saúde e os escritórios regionais está sendo estrutura para a intensificação das ações de controle e vigilância. “É um local para manter informações e mostrar as potencialidades e dificuldades do estado, um centro de organização de ideias e esforços no sentido de mecanismos de resposta. Nosso papel é identificar os locais com mais problemas e fazer um reforço nas visitações com orientações e auxilio na limpeza”, explica o Superintendente de Proteção e Defesa Civil, Coronel Cunha Jr.

 

Dados 2015

Em 2015, no período entre 01 de janeiro e 12 de dezembro, foram registrados em Mato Grosso 27.597 casos prováveis de dengue, um aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2014. O município com maior notificação de casos de Dengue é Sinop, seguido por Cuiabá. Foram confirmados seis óbitos pela doença. No estado foram confirmados quatro casos de Chikungunya, sendo três importados e um autóctone. Foram cadastrados 674 solicitações de exames ao Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso, dos quais 303 estão em análise e 50 aguardam triagem. 

O número de casos suspeitos de microcefalia notificados em Mato Grosso aumentou na última semana, passando de 68 para 72, todos na região sul do estado. O município mais crítico é Rondonopólis, com 62 casos suspeitos localizados ali. O número de gestantes que apresentaram feto com alterações no perímetro cefálico também teve alterações, de quatro para seis registros. Os casos ainda estão em investigação tanto em relação à confirmação para microcefalia quanto à causa da doença.

 

Campanha

A campanha de conscientização da população alerta os possíveis criadouros de mosquitos, como os de armazenamento de água – caixa d’água, poço, cisterna, filtros, potes – os de remoção – pneus, lixos, recipientes plásticos, sucatas – pequenos depósitos – vasos, frascos, pratos, bebedouros - e depósitos fixos – calhas, ralos, tanques e piscinas.

Os sintomas das três doenças são parecidos: dores na articulação, corpo, cefaleia, febre, náuseas, feridas na pele, diarreia e mal-estar. O vírus Zika apresenta como característica diferencial a fotofobia, conjuntivite sem secreção e prurido, feriadas no corpo principalmente nas palmas das mãos e pés. Após a picada do mosquito, os sinais aparecem entre três e 12 dias e duram de quatro dias a uma semana.