Lava Jato
Ex-governador de MT teria feito acordo com a JBS em troca de propina para campanha
Wesley Mendonça Batista, um dos donos da JBS/SA, firmou acordo de delação premiada com PGR.
Geral | 20 de Maio de 2017 as 16h 16min
Fonte: G1 MT
O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), teria recebido propina da JBS/SA durante a campanha dele ao governo do estado em 2010, segundo o empresário Wesley Mendonça Batista, irmão de Joesley Batista, em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois são donos da empresa e firmaram acordo de delação premiada durante as investigações da Operação Lava Jato.
Silval Barbosa está preso há mais de 1 ano e meio no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), acusado de fraude em incentivos fiscais no estado. A defesa do ex-governador negou as acusações e afirmou que ele deve prestar esclarecimento "quando for convocado pelas autoridades responsáveis".
Em depoimento prestado no dia 4 de maio, Wesley afirmou que, em meados de 2010, Silval procurou o irmão dele e teria pedido doações para a campanha eleitoral. À época, ele era vice-governador e assumiu o Executivo após a licença do então governador Blairo Maggi (PP), que se candidatou e foi eleito para ocupar uma vaga no Senado Federal.
Durante as tratativas, Silval teria oferecido – caso fosse eleito – vantagens indevidas para compensar a possível doação do grupo, segundo Wesley. O empresário, no entanto, alegou que não se recorda se as doações foram feitas de forma legal ou em forma de propina.
Depois que foi eleito, porém, o ex-governador teria alterado o sistema de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que era usado por Maggi durante a gestão dele.
“Foi quando começou um problema de desequilíbrio. Algumas empresas estavam sujeitas a pagar 3,5% de alíquota e outras iriam pagar de 0% a 1%. Foi quando procurei Silval no gabinete dele para solucionar o problema”, declarou Wesley.
De acordo com o delator, Silval afirmou que acharia uma solução para que a JBS pagasse o mesmo valor de ICMS que as empresas beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), em troca de propina.
Para o esquema, o governo teria concedido cerca de R$ 70 milhões em crédito à empresa, que deveria repassar anualmente R$ 10 milhões ao ex-governador. A fraude teria ocorrido nos anos de 2012, 2013 e 2014. Ao todo, teriam sido pagos cerca de R$ 30 milhões em propina.
Ainda segundo Wesley, o ex-secretário estadual de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, teria participado da negociação. Nadaf foi preso em 2015, na mesma operação que prendeu Silval, a Sodoma, e solto quase um ano depois..
O pagamento da propina, de acordo com o delator, foi feito em dinheiro, por meio de notas fiscais frias e, também, por intermédio de um doleiro.
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