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R$ 34 por metro

Governo federal vai gastar R$ 22,8 milhões em 100km da BR-163

Valor será transmitido para empresa privada fazer a conservação da rodovia por dois anos

Geral | 20 de Março de 2015 as 10h 57min
Fonte: Jamerson Miléski

O trecho da BR-163, entre a cidade de Sinop à Santa Helena (km 855 ao km 955), irá consumir R$ 22,8 milhões dos cofres públicos nos próximos dois anos. É o que revela o extrato de contrato 180/2015, publicado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), no dia 13 de março.

O contrato firmado com a empresa Três Irmãos Engenharia Ltda, com sede em Cuiabá, prevê a execução de serviços de manutenção da BR-163, pelo período de 2 anos, encerrando em 12 de março de 2017. O trecho sobre responsabilidade da empresa começa imediatamente após o trecho sob concessão da Odebrecht, até o trevo da cidade de Santa Helena.

Com a cifra milionária para um trecho curto, a empresa terá o equivalente a R$ 228 mil por quilômetro da rodovia. O GC Notícias procurou um especialista em pavimentação asfáltica para ter um parâmetro sobre o que é possível fazer com esses valores.

Segundo Ronaldo Silva, engenheiro da prefeitura de Sinop a frente das principais obras de pavimentação do município, os valores embora pareçam, não são astronômicos. “Hoje, se falando em rodovia, para fazer do zero temos um custo estimado de R$ 1,5 milhão por quilômetro. Nesse caso, R$ 228 mil por quilômetro de rodovia é uma custo de manutenção, com recapeamento bem feito e correção das obras de drenagem. Está dento do aceitável, mas é o suficiente para fazer uma revitalização geral na rodovia”, explica o especialista.

No trecho compreendido pelo contrato do DNIT, a BR-163 tem largura de 6,6 metros. Isso significa que o custo do metro quadrado da manutenção será de R$ 34.

 

Comparando

O dinheiro no poder público parece mesmo não render. A Odebrecht, que detém 854 km da rodovia BR-163, na sequência desse contrato com o DNIT, vai gastar ao longo de 30 anos R$ 5,6 milhões. Desse valor, R$ 2,8 milhões serão aplicados em 5 anos, nas principais obras de duplicação e recuperação da rodovia. Uma vez concluídas essas obras, nos demais 25 anos, a empresa vai gastar R$ 2,8 bilhões para manutenção.

Dentro desta estimativa, o custo estimado pela Odebrecht, por quilômetro ao ano será de R$ 131,6 mil. Multiplicando por dois anos, o valor da manutenção do km na rodovia pedagiada será de R$ 263 mil – no contrato do DNIT será de R$ 228 mil.

A diferença é a gama de serviços que a Odebrecht já oferece, como socorro mecânico, resgate de acidentados, além de uma rodovia impecável, como só se vê no Brasil as vias que são pedagiadas.

O GC Notícias entrou em contato com a assessoria do DNIT para obter detalhes sobre o cronograma de execução desse contrato, as obras previstas e como o mesmo seria fiscalizado. Não obtivemos resposta.