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Solução

Imóveis desapropriados para o VLT viram abrigo de sem-teto

Geral | 23 de Março de 2015 as 08h 32min
Fonte: MídiaNews

 

A maioria dos imóveis desapropriados pelo Governo do Estado para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, está completamente abandonada e servindo de abrigo para usuários de drogas. 

Há relatos de que bandidos estão se escondendo nesses locais, após cometerem algum tipo de crime pela área. 

Grande parte dos imóveis tem água parada, o que ajuda na proliferação de mosquito da dengue.

Em Várzea Grande, um antigo posto, localizado no entroncamento da Avenida 31 de março com a avenida da FEB é um, desses imóveis desapropriados para a construção do novo modal, que está visivelmente destruído. 

No local, a reportagem do MídiaNews, encontrou lixo espalhado, mato, água parada. Além disso, foi possível sentir, um forte cheiro de carvão e madeiras queimadas, o que demonstra que há pessoas utilizando o imóvel como abrigo na noite.

Uma funcionária de uma concessionária de carros - que não quis se identificar - relatou que tem medo de passar pelo local quando sai do trabalho.

“Quando saio daqui, já está bem escuro e, como tenho que pegar ônibus do outro lado da avenida, preciso pedir para alguém me acompanhar ou avisar o guarda da empresa para ficar me olhando até pegar o coletivo”, disse.

“Aqui é muito perigoso, porque, além de ter esse imóvel abandonado, estamos próximo da região do Zero KM, conhecido por ter vários criminosos”, completou.

Outra funcionária, que também não quis se identificar, alegou que, quando o posto funcionava, o local era bem mais tranquilo, pois, conforme ela, os frentistas não deixavam nenhum suspeito se aproximar dali. 

“Me indigna o fato de que essa obra do VLT tenha trazido mais problema do que solução”, afirmou.

Em Cuiabá, os imóveis desapropriados na “Ilha da Banana” na Avenida Coronel Escolástico, onde deve ser construído a Estação Morro da Luz , também estão na mesma situação. 

No local, a reportagem encontrou acúmulo de lixo, poços de água, preservativos e muito mato.

O lugar fica ainda mais perigoso porque está ao lado do Morro da Luz, conhecido por ser frequentando, diuturnamente, por usuários de drogas. 

Foi o que contou a aposentada Josefa Figueiredo, de 83 anos. Ela faz aula de dança e precisa passar pelo local. Numa dessas passagens, ele foi surpreendida por um homem. “Foi horrível”, disse.

“Não deu tempo de ver nada; quando vi, ele já se aproximou e puxou a corrente do meu pescoço e saiu correndo. Graças a Deus, um rapaz que estava logo atrás me socorreu, pois fiquei com as pernas bambas”, completou a aposentada.

Ciente do perigo no local, Tamyha Bianca, de 16 anos, já não leva mais a bolsa consigo, quando tem que passar pelo Morro da Luz.

“Eu nunca fui assaltada, mas já presenciei vários assaltos aqui. É comum: todo mundo sabe, só que ninguém faz nada para coibir essa violência”, disse.

Suzy Adriana é outra vítima do Morro da Luz. Segundo ela, tudo piorou com a desapropriação dos imóveis da área. 

“Antes, até que tinha mais movimento, hoje é uma escuridão e um abandono geral. O que era para ser bonito e melhorar as condições do transporte para nós que utilizamos se tornou isso aí: uma destruição. E quem paga é a população que precisa passar por aqui”, afirmou.

Outro lado

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), o órgão está realizando um levantamento dessas áreas demolidas para resolver os problemas existentes no local. 

Quanto à retomada das obras do VLT, a assessoria informou que a Secid está aguardando ordem de serviço e que ainda não há nenhuma previsão. 

Desapropriações

Foram desapropriadas 362 áreas para construção do Veículo Leve sobre Trilho em Cuiabá e Várzea Grande. Desse total, 142 foram demolidas.

O Estado já realizou o depósito, em juízo, referente à reintegração de posse dessas 142 áreas, num valor total de R$ 35 milhões.

A obra 

As obras do VLT estão paradas desde dezembro de 2014, quando a antiga gestão do Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, que optou pela paralisação.

No dia 5 de março, o governador Pedro Taques (PDT) apresentou um relatório feito pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) que apresentou várias irregularidades existentes na implantação do novo modal de transporte. 

Por conta das irregularidades, o governador decidiu encaminhar o relatório produzido pela CGE para o Ministério Público do Estado (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Contas, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Caixa Econômica Federal e Ministério da Fazenda.

Cada órgão deverá apresentar um parecer sobre o relatório, para que assim, seja decido o futuro das obras de retomada do Veículo Leve sobre Trilhos.A maioria dos imóveis desapropriados pelo Governo do Estado para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, está completamente abandonada e servindo de abrigo para usuários de drogas. 

Há relatos de que bandidos estão se escondendo nesses locais, após cometerem algum tipo de crime pela área. 

Grande parte dos imóveis tem água parada, o que ajuda na proliferação de mosquito da dengue.

Em Várzea Grande, um antigo posto, localizado no entroncamento da Avenida 31 de março com a avenida da FEB é um, desses imóveis desapropriados para a construção do novo modal, que está visivelmente destruído. 

No local, a reportagem do MídiaNews, encontrou lixo espalhado, mato, água parada. Além disso, foi possível sentir, um forte cheiro de carvão e madeiras queimadas, o que demonstra que há pessoas utilizando o imóvel como abrigo na noite.

Uma funcionária de uma concessionária de carros - que não quis se identificar - relatou que tem medo de passar pelo local quando sai do trabalho.

“Quando saio daqui, já está bem escuro e, como tenho que pegar ônibus do outro lado da avenida, preciso pedir para alguém me acompanhar ou avisar o guarda da empresa para ficar me olhando até pegar o coletivo”, disse.

“Aqui é muito perigoso, porque, além de ter esse imóvel abandonado, estamos próximo da região do Zero KM, conhecido por ter vários criminosos”, completou.

Outra funcionária, que também não quis se identificar, alegou que, quando o posto funcionava, o local era bem mais tranquilo, pois, conforme ela, os frentistas não deixavam nenhum suspeito se aproximar dali. 

“Me indigna o fato de que essa obra do VLT tenha trazido mais problema do que solução”, afirmou.

Em Cuiabá, os imóveis desapropriados na “Ilha da Banana” na Avenida Coronel Escolástico, onde deve ser construído a Estação Morro da Luz , também estão na mesma situação. 

No local, a reportagem encontrou acúmulo de lixo, poços de água, preservativos e muito mato.

O lugar fica ainda mais perigoso porque está ao lado do Morro da Luz, conhecido por ser frequentando, diuturnamente, por usuários de drogas. 

Foi o que contou a aposentada Josefa Figueiredo, de 83 anos. Ela faz aula de dança e precisa passar pelo local. Numa dessas passagens, ele foi surpreendida por um homem. “Foi horrível”, disse.

“Não deu tempo de ver nada; quando vi, ele já se aproximou e puxou a corrente do meu pescoço e saiu correndo. Graças a Deus, um rapaz que estava logo atrás me socorreu, pois fiquei com as pernas bambas”, completou a aposentada.

Ciente do perigo no local, Tamyha Bianca, de 16 anos, já não leva mais a bolsa consigo, quando tem que passar pelo Morro da Luz.

“Eu nunca fui assaltada, mas já presenciei vários assaltos aqui. É comum: todo mundo sabe, só que ninguém faz nada para coibir essa violência”, disse.

Suzy Adriana é outra vítima do Morro da Luz. Segundo ela, tudo piorou com a desapropriação dos imóveis da área. 

“Antes, até que tinha mais movimento, hoje é uma escuridão e um abandono geral. O que era para ser bonito e melhorar as condições do transporte para nós que utilizamos se tornou isso aí: uma destruição. E quem paga é a população que precisa passar por aqui”, afirmou.

Outro lado

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cidades (Secid), o órgão está realizando um levantamento dessas áreas demolidas para resolver os problemas existentes no local. 

Quanto à retomada das obras do VLT, a assessoria informou que a Secid está aguardando ordem de serviço e que ainda não há nenhuma previsão. 

Desapropriações

Foram desapropriadas 362 áreas para construção do Veículo Leve sobre Trilho em Cuiabá e Várzea Grande. Desse total, 142 foram demolidas.

O Estado já realizou o depósito, em juízo, referente à reintegração de posse dessas 142 áreas, num valor total de R$ 35 milhões.

A obra 

As obras do VLT estão paradas desde dezembro de 2014, quando a antiga gestão do Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, que optou pela paralisação.

No dia 5 de março, o governador Pedro Taques (PDT) apresentou um relatório feito pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) que apresentou várias irregularidades existentes na implantação do novo modal de transporte. 

Por conta das irregularidades, o governador decidiu encaminhar o relatório produzido pela CGE para o Ministério Público do Estado (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Contas, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Caixa Econômica Federal e Ministério da Fazenda.

Cada órgão deverá apresentar um parecer sobre o relatório, para que assim, seja decido o futuro das obras de retomada do Veículo Leve sobre Trilhos.