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Protesto

Índios fecham MT-320 após hospital com 5 repasses atrasados parar de atender

Indígenas atribuem duas mortes à precariedade do serviço do Hospital Regional de Colider

Geral | 05 de Maio de 2017 as 14h 18min
Fonte: G1 MT

Bloqueio entrou no 2º dia | (Foto: Folha de Colíder)

Índios fecharam trecho da MT-320, em Colíder, a 157 km de Sinop, na manhã desta sexta-feira (5), em protesto contra a falta de atendimento de saúde devido à greve dos médicos do Hospital Regional do município. Os médicos fazem greve desde o mês passado para cobrar salários atrasados, em consequência do atraso nos repasses feitos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) à unidade. Esse é o segundo dia de interdição.

Estão em atraso os repasses referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2016 e a março e abril de 2017. Segundo a SES, os repasses serão regularizados. Alegou ter programado o repasse de R$ 1,8 milhão para o hospital.

O líder indígena, Megaron Txucarramãe, afirmou que os índios e a população da região aguarda uma resposta do governador Pedro Taques (PSDB) sobre a precariedade na saúde.

"Se o governador apresentar uma solução para esse problema, nós iremos liberar o trânsito. Só queremos recursos para o hospital. As pessoas estão morrendo por falta de atendimento adequado", declarou.

Segundo ele, a unidade só está atendendo urgência e emergência. Mais de 4 mil indígenas de oito etnias necessitam de atendimento médico nessa unidade, que fica a aproximadamente 300 km de distância da zona urbana de Colíder.

"Tem um posto de saúde que atende os indígenas lá nas aldeias, mas quando o caso é mais grave é preciso ir para o hospital regional, que agora não está atendendo", reclamou.

O líder informou que dois indígenas, sendo uma mulher grávida e uma criança de dois anos, morreram na unidade, recentemente. Os índios atribuem as mortes à falta de atendimento.

Nesta quinta-feira (4), as lideranças do movimento participaram de uma reunião com o prefeito de Colíder, Noboru Tomiyoshi, sobre o suspensão do atendimento do hospital e também da criação de uma secretaria de Assuntos Indígenas.

O bloqueio na rodovia é feito por cerca de 150 manifestantes, incluindo indígenas e outros moradores da região, que também reclamam da falta de atendimento de saúde.