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Economia

Inflação de Sinop está abaixo de 2% em 2019

Estabilidade nos preços ao consumidor é sinal de que a economia está “andando de lado”

Geral | 23 de Agosto de 2019 as 11h 59min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: GC Notícias

Nos últimos 3 meses, a inflação acumulada dos preços em Sinop não chegou a meio por cento. O cenário de estabilidade sem grandes elevações no custo de vida do cidadão local foi referendado pelos índices referentes ao mês de julho. No mês passado, a inflação de Sinop foi de 0,11%.

O dado foi apresentado pelo departamento de Economia da Unemat Sinop, em parceria com a CDL Sinop, na manhã desta sexta-feira (23) – que monitoram a inflação local desde 2013. O levantamento mostra que nos últimos 3 meses a variação nos preços ao consumidor em Sinop foi sutil: 0,09% em maio, 0,13% em junho e 0,11% em julho.

No acumulado do ano, a inflação de Sinop é de 1,84% - abaixo do índice nacional, que é de 2,42%. Isso significa que R$ 1.000,00 em dezembro de 2018, agora tem um poder de compra de R$ 981,60.

Se por um lado inflação baixa significa que o poder de consumo não está sendo depreciado mês a mês, por outro demonstra uma economia vegetativa. É o que explica o economista da Unemat, coordenador do estudo, Feliciano Azuaga. Segundo ele, a inflação baixa e constante reflete uma condição de estagnação da economia – ou como ele diz, “a economia está andando de lado”. Azuaga explica que inflação nula costuma ser um indicador de que a economia não está crescendo. “Não há aumento da procura, não há crescimento da renda, não há baixa de demanda. Quando tudo está constante, o mesmo acontece com o índice de inflação”, pontuou.

A medição do mês de julho reforça a tese. O grupo Alimentação – que corresponde a 24% da cesta de consumo do sinopense – subiu 0,08%. Crescimento ínfimo. Transportes (+0,14%), Despesas Pessoais (+0,25%), e Comunicação (0,09%), também tiveram crescimentos pouco expressivos.

A maior alta foi no grupo Habitação, que aumentou 0,52%. Conforme Azuaga, a alta deve-se a elevação nos preços dos imóveis e alugueis. O economista atrelou o aumento do crédito imobiliário à elevação. “Houve um aumento nas aplicações do fundos habitacionais, o que significa mais dinheiro disponível para aquisição de imóveis. Com mais potenciais compradores, quem tem imóvel para vender, decidiu aumentar o preço”, explicou.

A inflação foi maior no grupo Habitação porque existe um fenômeno que está fazendo o setor voltar a crescer. “É a dinâmica da economia”, resumiu.

 

Em queda

No mês de julho os itens de consumo referente a Saúde (-0,17%), Vestuário (-0,31%), Artigos Para Residência (-0,18%) e Educação (-0,14%), ficaram ligeiramente mais baratos. Embora de fora geral o grupo Alimentação tenha registrado inflação positiva, o custo dos alimentos mais simples caiu.

A Cesta Básica – composta por 13 itens alimentícios em quantidade suficiente para alimentar um humano adulto por 30 dias – ficou -0,11% mais barata em julho. O preço médio em Sinop desses itens foi de R$ 452,06 – R$ 30 a menos que em abril.