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Paralisação

Mais de 20 mil encomendas não são entregues em uma semana de greve

Cerca de 300 funcionários dos Correios pararam após morte de colega.

Geral | 04 de Abril de 2017 as 14h 43min
Fonte: G1 MT

Fezes de pombos no setor de cargas de encomendas | (Foto: Divulgação/ Sintec-MT)

Em sete dias de greve dos funcionários do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios, no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, mais de 20 mil encomendas não foram entregues. Os servidores pararam as atividades após a morte cerebral do colega de trabalho, Celso Luiz Gomes, de 47 anos, decretada na terça-feira (28), em função de uma infecção por histoplasmose, mais conhecida como doença do pombo.

Por meio de assessoria, os Correios afirmaram que aguardam uma nova assembleia da categoria que deve decidir o rumo da greve. Para regularizar a situação das encomendas, a empresa deve colocar um plano de ação contingencial para “mitigar os efeitos da paralisação”.

Sobre as questões sanitárias, os Correios afirmaram que procederam com a desinfecção do local de trabalho dos funcionários e instalou telas fixas e cortinas nas portas do complexo. Além disso, a empresa disse que disponibilizou exames médicos com pneumologistas para os servidores.

Cerca de 300 funcionários cruzaram os braços após a morte do colega. Segundo Erineu Sampaio da Silva, representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Correiros de Mato Grosso (Sintect-MT), passam diariamente pelo centro de distribuição 3,5 mil encomendas.

O prédio onde os servidores trabalham havia sido interditado pela Justiça do Trabalho por causa da infestação de pombos. Segundo o sindicato, Celso Luiz foi infectado com a doença causada pela infestação no local de trabalho. Após a morte cerebral, o corpo dele foi velado no sábado (31) e enterrado em um cemitério de Várzea Grande.

Segundo Erineu, a categoria deve se reunir para decidir o rumo da greve. “A empresa realizou a limpeza, mas não atendeu todos os nossos pedidos”, afirmou.

Entre as solicitações dos servidores está a limpeza constante do centro de distribuição e o pagamento dos dias parados. “Não fomos nós que causamos tudo isso. A empresa é que esperou alguém morrer para fazer a limpeza”, declarou.