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Sinop

Médicos anunciam paralisação nos atendimentos do Hospital Regional

Com salários atrasados, corpo clínico suspenderá parcialmente os atendimentos

Geral | 28 de Agosto de 2018 as 11h 00min
Fonte: Jamerson Miléski

Os médicos do Hospital Regional de Sinop anunciaram a paralisação parcial dos atendimentos na unidade desde ontem (27).  A suspensão foi determinada em uma reunião realizada pelo corpo clínico do Hospital no último dia 17 de agosto. O motivo da paralisação é o atraso no pagamento dos salários.

De acordo com o documento assinado por 31 médicos que atuam no Hospital Regional, os profissionais estão com dois meses de salário atrasado. O Instituto Gerir pagou 50% do salário referente a maio, nada no mês de junho e julho. Os médicos frisam na carta direcionada ao Estado e ao Ministério Público, que tem sido bastante compreensivos com relação ao atraso nos repasses para entidade que faz a gestão do Hospital. No entanto, o não pagamento dos salários chegou ao ponto de comprometer a subsistência dos profissionais.

No documento os médicos pontuaram os repasses feitos pela secretaria estadual de Saúde para o Instituto Gerir – OSS responsável pela administração da unidade. De acordo com o levantamento, o Instituto Gerir recebeu entre junho e julho cerca de R$ 9 milhões. Uma vez que os repasses estão sendo feitos pelo Estado, não haveria razões da Gerir não pagar os salários.

O corpo clínico ressaltou que a paralisação é parcial. São descontinuados os serviços de atendimento ambulatorial e cirurgias eletivas. Os profissionais manterão os atendimentos aos pacientes já internados na unidade e os casos de urgência e emergência. A paralização, frisa o documento, será imediatamente suspensa assim que os pagamentos forem efetivados.

Com o Hospital Regional de Sinop operando de forma parcial, as demandas de saúde pública acabam se acumulando nas estruturas municipais (UPA, Centro de Especialidades Médicas e Postos de Saúde), comprometendo o bom funcionamento dos serviços.

 

O que diz a Secretaria de Saúde?

Provocada pelo GC Notícias, a Secretaria Estadual de Saúde ressaltou que os pagamentos já foram efetuados para o Instituto Gerir. Conforme dados do Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças) do Governo do Estado de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pagou a competência de maio de 2018 no valor de R$ 3,1 milhões, em três pagamentos realizados no dia 28 de junho. Já a competência de junho, com um aditivo e sob novo contrato, foi paga no dia 9 de julho de 2018 no valor de R$ 4,2 milhões. “Tais pagamentos foram confirmados pelo Corpo Clínico do HRS em ofício encaminhado à direção do hospital. Portanto, quem pode informar a respeito dos pagamentos devidos aos médicos é o próprio Gerir por meio de sua Assessoria”, disse a Secretaria em nota.

O GC Notícias entrou em contato com o Instituto Gerir que não se manifestou sobre o assunto até o momento.

 

 

Sinop, moderna e aparelhada

O conjunto de estruturas urbanas existentes no município faz de Sinop uma cidade de referência, com um padrão a frente de muitas capitais

 

A cada canto da cidade é possível se surpreender com a estrutura urbana de Sinop. Seja um prédio público ou um empreendimento da iniciativa privada, não faltam exemplos da pujança do município. A cidade de 42 anos de existência é dona de uma incorrigível mania de buscar a grandeza. Grandes supermercados, lojas de elevado padrão, indústrias com tecnologias que só se encontra nos grandes centros. A cidade respira novidade, seja no padrão arquitetônico das residências e empreendimentos imobiliários ou na sua frota de veículos. O tom dado pela iniciativa privada é seguido pelo poder público. Quem vive em Sinop não espera menos da cidade que uma ambição de capital.

A vontade de fazer a cidade crescer e ter em seu território o que a sua população viajante encontra nos grandes centros fez de Sinop um município moderno e aparelhado nos mais distintos campos. As estruturas instaladas – e outras que estão a caminho – evidenciam a busca dessa cidade pela grandeza.

Basta olhar. A Revista Notícia fez isso e relaciona aqui algumas estruturas que definem o jeito sinopense.

 

Saúde de alto padrão

Ao longo de 2016 cerca de 560 mil atendimentos foram registrados nas unidades de saúde pública do município. Sinop conta com 33 equipes de atenção básica, responsável pelo atendimento primário à população. Esse tipo de atendimento existe em qualquer lugar do país.

A diferença foi o padrão de postos de saúde que se estabeleceu em Sinop. Estruturas modernas, com porcelanato, ar condicionado e televisores diferem muito com os tradicionais postos de saúde espalhados pelo Brasil. Esse padrão começou a ser implantado em 2010, com a construção das novas unidades. O governo federal, através do Ministério da Saúde, destina R$ 390 mil para a construção de um posto de Saúde. Ao invés de seguir o projeto padrão, Sinop tem sua própria planta para UBS (Unidades Básicas de Saúde). Conforme o prefeito Juarez Costa, o município acrescenta em torno de R$ 420 mil em cada projeto do governo federal. As UBS padrão Sinop custam R$ 800 mil.

São 17 unidades com essa configuração na cidade de Sinop, mais duas em fase de construção e outras 4 recém aprovadas que deverão ser licitadas em 2017.

Outro destaque da saúde pública é o Centro de Especialidades Médicas. Para o funcionamento dessa estrutura, a prefeitura locou um imóvel na área central, que até pouco tempo abrigava a maior clínica privada do município. O prédio de 3 andares possui um centro cirúrgico (para pequenos procedimentos) e consultórios que abrigam 15 especialidades médicas. Na unidade são realizadas consultas de cardiologia, neurologia, oftalmologia, ginecologia, cirurgia vascular, ortopedia, cirurgia pediátrica, cirurgia geral, pequenas cirurgias, gastroenterologia, proctologia, urologia, pré-natal de alto risco, infectologia, psiquiatria, psicologia, nutrição, mastologia, endocrinologia, reumatologia e cirurgia ginecológica. Junto à unidade também opera o sistema de regulação do município.

Outra estrutura de saúde pública de destaque é o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas). O prédio de alto padrão, com fachada de consultório odontológico privado, em nada lembra o conhecido padrão SUS. Na recepção, ar condicionado, um televisor gigante, piso coberto por porcelanato. Na parte interna, 10 consultórios odontológicos com equipamentos novos, de marcas referência. O mesmo prédio também abriga o centro de referência odontológica, uma espécie de “matriz” das unidades de saúde bucal instaladas nos postos de saúde dos bairros.

Segundo o secretário de Saúde de Sinop, Manoelito Rodrigues, a capacidade instalada da estrutura é para 3,5 mil atendimentos por mês – 2,7% da população local. São mais de 150 pessoas recebendo tratamento por dia dentro da unidade. No centro são realizados tratamentos especializados, como ortodontia, implante e endodontia, por exemplo.

A saúde pública de Sinop conta ainda com uma UPA 24h, inaugurada em 2012, e um Hospital Regional, administrado pelo Estado, com 121 leitos, 10 UTI’s adulto e 10 UTI’s Pediátricas. O sistema SUS ainda tem o reforço do Hospital Santo Antônio, de caráter filantrópico, que realiza alguns procedimentos através da rede pública, como partos e tratamento de câncer. Dentro do Hospital está instalado um dos mais modernos centros de diagnósticos por imagem do Estado e uma ala de hemodinâmica de ponta, que atende pacientes com problemas cardíacos e infartados.

Fora do eixo público/filantrópico, Sinop ainda conta com mais dois hospitais privados. O município também possui a maior clínica médica privada do país. São 10 mil metros quadrados de um complexo clínico, ambulatorial e hospitalar que reúnem 47 médicos com 28 diferentes especialidades realizando uma média de 900 atendimentos/dia.

Em breve a cidade será também referência para cirurgias de olhos. Cerca de R$ 1,9 milhão oriundos do Programa de Apoio aos Municípios da Usina Hidrelétrica de Sinop foram destinados para a construção do Hospital dos Olhos de Sinop. O projeto é encampado pelo Lions Clube de Sinop, uma entidade de classe sem fins lucrativos. Em 2013 o Lions recebeu em doação um terreno da prefeitura para viabilizar o projeto. O Hospital dos Olhos será construído nas proximidades do Hospital Santo Antônio. Serão 980 m² de estrutura, com dois centros cirúrgicos, dois consultórios médicos, três salas de repouso, refeitório, cozinha e área administrativa. A unidade será especializada em cirurgias de cataratas, tratamento de pterígio, glaucoma, dentre outros, além da distribuição de óculos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), para a população de mais de 35 municípios da região Norte do Estado. Segundo o presidente do Lions, Alfredo Garcia, a estrutura que está sendo projetada terá condições de realizar 1,5 mil cirurgias por ano, atendendo 40% da demanda do Estado.