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Sinop

Moradores fazem abaixo assinado pedindo a instalação da rodoviária

Mais de 3 mil moradores se mobilizam para que o empreendimento não seja paralisado

Geral | 13 de Julho de 2017 as 11h 47min
Fonte: Jamerson Miléski

A população do entorno da área onde será construída a nova rodoviária do município de Sinop está dividida. Depois do abaixo assinado mobilizado por um colégio privado vizinho à área, pedindo a paralisação imediata da instalação da rodoviária, um novo movimento pede justamente o oposto.

O documento com mais de 3 mil assinaturas foi entregue à Câmara de vereadores na sessão desta quarta-feira (12). O abaixo assinado foi provocado por moradores do Jardim das Primaveras, bairro onde está o terreno destinado pela prefeitura para instalação da rodoviária. A alegação dos moradores é de que esse empreendimento impactará positivamente a população em seu entorno, trazendo desenvolvimento e valorização imobiliária.

Visão oposta da que motivou o primeiro abaixo assinado, provocado por uma instituição de ensino privada, que está na quadra vizinha de onde será construída a rodoviária. As 5 mil pessoas que assinaram este primeiro abaixo assinado acreditam que o impacto da instalação da rodoviária naquele local será negativo, comprometendo o trânsito e a segurança das pessoas no entorno (clique aqui).

A mobilização dos moradores do Jardim Primaveras mudou um pouco do tom dos discursos na Câmara. Durante a sessão, o presidente da Câmara, Ademir Bortoli (PMDB), solicitou a exibição de um vídeo, mostrando o projeto da nova rodoviária. O vídeo é um material institucional desenvolvido pelo Consórcio Grupo JVF, empresa vencedora do processo licitatório e que detém a concessão para construção e exploração da nova rodoviária. O institucional traz as projeções com maquetes em 3D de como serão as estruturas do empreendimento. O vereador Dilmair Callegaro (PSDB), em tom de ironia, pediu para que o VT fosse arquivado pela Câmara, afim de comparar no futuro com a obra “real” da rodoviária.

Outros vereadores se declararam a favor da construção da rodoviária naquele local.

 

Do que se trata?

No ano de 2013 a prefeitura unificou, com a anuência da Câmara, duas quadras localizadas no cruzamento das Avenidas Jacarandás com Palmeiras, já com o propósito de construir no local a nova rodoviária. O imóvel público, de 34,5 mil metros quadrados, está há menos de 100 metros da BR-163. Em maio de 2016 a prefeitura lançou o processo de concessão pública para a construção do empreendimento. O resultado foi homologado em setembro de 2016.

O detentor da concessão de 25 anos é o Consórcio Grupo JVF, composto pelas empresas Geoserv Serviços de Geotecnica e Construção Ltda; e El Shadai Participações e Empreendimento Imobiliários Ltda – ambas do Estado de Goiás.

O consórcio venceu a licitação apresentando o projeto para a construção de uma nova Rodoviária, projetando um investimento de R$ 18 milhões. O preço de referência fixado pela prefeitura era de R$ 13,1 milhões.

O novo terminal rodoviário deverá conter área coberta mínima de 17,9 mil m², com a implantação de centro de serviços, centro de lazer, centro de compras, pavimentação, calçamento, jardinagem e arborização de seu entorno. A rodoviária deverá dispor de instalações para Administração, Manutenção, Exploração Comercial e da Gerência.

As maquetes do projeto apresentado pelo Grupo JVF revelam um terminal imponente, amplo e com vários elementos urbanísticos em seu entorno, como jardins, espelhos d’água e chafariz. Dentro dos 17,9 mil metros quadrados da Nova Rodoviária, 2 mil m² serão de salas comerciais internas diversificadas. A área de espera dos passageiros no embarque e desembarque deverá conter no mínimo 636 acentos. Esses pontos deverão contar com catracas para fazer o registro dos usuários – uma forma a mais de controlar a emissão e cobrança de tarifas. A rodoviária terá 12 plataformas, que são os espaços para parada dos ônibus e embarque/desembarque de passageiros.

O terminal deverá contar com banheiros masculinos e femininos, com 5 lavatórios, 10 vasos sanitários e 5 chuveiros cada – incluindo os adaptados para portadores de deficiência. O saguão trará lojas, quiosques e uma praça de alimentação.

Entre os serviços para os usuários, o terminal deverá ter uma cessão de achados e perdidos, um guarda volumes, um Posto da Assistência Social e um do Juizado da Infância/Conselho Tutelar, além de uma brigada de incêndio e um posto de polícia.

Na área externa, estacionamento, um ponto de acesso coberto para quem chega de carro e espaço para circulação.

A construção do terminal está autorizada desde setembro do ano passado, embora ainda não tenha iniciado. O grupo detentor da concessão tem 12 meses para executar a obra.