Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa noite, Sexta Feira 19 de Abril de 2024

Menu

Mato Grosso

MP cita casos de hanseníase em presos e pede interdição parcial de cadeia em MT

Segundo o órgão, 21 dos 226 presos da unidade foram diagnosticados com a doença

Geral | 07 de Agosto de 2018 as 08h 44min
Fonte: G1 MT

Centro de Detenção Provisória (CDP) de Juína | (Foto: Willian Fidelis/Sejudh-MT)

Ministério Público Estadual (MPE) pediu na Justiça a interdição parcial do Centro Provisória de Detenção (CDP) de Juína, a 737 km de Cuiabá, após o diagnóstico de hanseníase em 21 dos 226 presos na unidade, segundo o órgão.

A  Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT) informou que ainda não foi notificada sobre o pedido.

No pedido à Justiça, o órgão cita as carências estruturais, superlotação e a ausência de médicos na unidade prisional.

Esse é o segundo pedido de interdição da unidade.

“O novo pedido de interdição parcial foi protocolado, principalmente, em razão da ausência de médico e enfermeiro no local o que faz com que inviabilize a prevenção e diagnóstico de casos de hanseníase”, explica o promotor Dannilo Preti.

A interdição parcial tem o objetivo de evitar que a cadeia receba novos presos ourindos de outros municípios.

“Se não houver ação hoje, Juína pode ser amanhã, um Carandiru (111 mortos), Urso Branco (27 mortos) ou, mais recentemente, Anísio Jobim (56 mortos) e Alcaçu (26 mortos)”, diz o promotor no pedido.

Ainda segundo o MPE, até julho deste 154 pessoas no município foram diagnosticadas com a doença.

Outro lado

A Sejudh alegou que 23 detentos foram diagnosticados com a doença.

Segundo a pasta, todos os casos foram comprovados por especialistas da área médica e os recuperados estão recebendo tratamento, medicamentos e são acompanhados pela equipe de enfermagem da unidade prisional.

Além disso, servidores do CDP e familiares dos presos também estão recebendo informações sobre a doença, como formas de manifestação e contágio, sintomas e tratamento.

Sobre a falta de profissional, o governo afirmou que um médico foi selecionado e começou a trabalhar. Contudo, pediu dispensa logo depois. Em nova seleção realizada neste ano, não houve interessados inscritos para o município.