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Sinop

Prefeitura define área para reconstrução do Colonial

Prédio histórico será removido para dentro de uma área de preservação permanente

Geral | 01 de Outubro de 2015 as 12h 02min
Fonte: Jamerson Miléski

O novo local que abrigará o único prédio histórico de Sinop acaba de ser definido pela prefeitura municipal. O antigo Colonial deve ser reconstruído em um imóvel de 13,1 mil metros quadrados, desmembrado da Reserva R-3, uma área de preservação permanente do município.

O projeto acaba de ser formatado pela administração municipal e deve ser encaminhado para o Ministério Público, afim de oficializar a designação do imóvel. Conforme um acordo firmado no começo de julho junto ao Ministério Público, a prefeitura tinha até agosto para apontar o terreno onde seria reconstruído o Colonial. Após a polêmica proposta de demolir o Ginásio Benedito Santiago para reconstruir o prédio histórico, o prefeito Juarez Costa voltou a traz, tombou o ginásio de esportes a pedido dos vereadores e iniciou a busca por uma nova área.

Quase 60 dias fora do prazo a prefeitura deve encaminhar ainda esta semana a indicação do imóvel para o Ministério Público. A partir disso a Colonizadora Sinop, responsável pela reconstrução, terá 45 dias para elaborar um “máster plan”, contendo os projetos de engenharia e um cronograma de obras.

Caso a proposta do executivo se mantenha, o Colonial será construído na esquina da Avenida dos Flamboyants com Avenida das Itaúbas, na esquina do imóvel que abriga o viveiro de mudas municipal. O prédio teria sua frente voltada para a rotatória P-15, batizada no ano de 2011 como Praça José Manuel Nunes, o “Zezé” um desportista de Sinop que faleceu em 1983. Na área apontada pela prefeitura também está uma estação de monitoramento das águas subterrâneas de Sinop, instalada no ano de 2010 pelo o Serviço Geológico do Brasil, órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia. O poço de 50 metros de profundidade, combinado com uma estação climatológica, é utilizado para medir o comportamento do aquífero Ronuro, um dos integrantes da bacia do Parecis, que está embaixo da cidade de Sinop. Outros 10 poços foram perfurados no Estado com o mesmo objetivo.

 

Reconstrução

Ministério Público, Colonizadora Sinop, a Vitalle e a prefeitura de Sinop, formularam um acordo para resolver a situação do Colonial. O prédio tombado pelo patrimônio histórico municipal é de propriedade privada, cuja posse é da Colonizadora e o domínio disputado judicialmente entre a Colonizadora e a Vitalle.

O imóvel foi alvo de uma ação criminosa que resultou em sua destruição parcial. As estruturas da cobertura foram serradas levando a queda no dia 16 de novembro de 2013. Quase 2 anos se passaram e ninguém foi preso ou responsabilizado. A Colonizadora se ofereceu voluntariamente para reconstruir o prédio sobre outro local.

Além do antigo restaurante de 625 metros quadrados, empresa vai construir um Centro Cultural. O elemento principal do complexo deve ser a cópia fiel do Colonial. A parte que desabou será recolhida e o que continua em pé, desmanchado. Todos os elementos aproveitáveis da edificação serão empregados na reconstrução. O que não for possível, será refeito respeitando as mesmas características arquitetônicas.

O prédio terá a mesma dimensão do original: 25x25 metros. O arquiteto Alfredo Clodoaldo, que integra o quadro da Colonizadora, foi o autor do projeto original no ano de 1982. Ele iniciou uma busca para encontrar os velhos croquis, que devem orientar a reconstrução.

Além do Colonial, a Colonizadora terá que implantar um coreto e fazer toda a parte de urbanização da área, transformando o terreno em uma praça pública.

Ainda não se sabe qual será a utilidade final do novo Colonial. Cogita-se utilizar o espaço para implantação do Museu de Sinop, para abrigar a biblioteca pública ou mesmo fazer um centro para apresentações culturais – o que seria redundante, uma vez que a cidade já conta com um Centro de Eventos, mais amplo e moderno, que acaba sendo subutilizado.

Não há uma estimativa de custos mas a reconstrução deve passar de R$ 1 milhão. A área onde está o Colonial tem um valor estimado de R$ 10 milhões.