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Para o Norte

Primeira carga de milho do Norte de MT será exportada por Barcarena

Serão 66 mil toneladas do grão remetidas pelo porto de Vila do Conde

Geral | 26 de Agosto de 2016 as 19h 15min
Fonte: Jamerson Miléski

Terminal de Vila do Conde, em Barcarena: ainda em obras |

Essa é a primeira remessa de milho produzido no Norte de Mato Grosso exportada por Barcarena (PA), através do Porto de Vila do Conde. São 66 mil toneladas do grão que começaram a ser escoadas na quarta-feira (24). A carga deve ser fechada até o dia 29 de agosto, próxima segunda-feira.

O prazo foi estipulado pela Superintendência da Receita Federal do Brasil. O órgão expediu em caráter extraordinário a permissão alfandegária para que a empresa Hidrovias do Brasil – gestora do porto – realize a operação de exportação. É a primeira remessa de milho através do TUP (Terminal de Uso Privado), que está localizado à margem direita do Rio Pará, no município de Barcarena. O terminal que começou a ser construído em 2013 e ainda está em obras, com previsão de início das operações, em caráter oficial, em fevereiro de 2017.

Antes da abertura em definitivo, o porto de Vila do Conde poderá fazer um bom teste com o carregamento de milho ceifado no norte de Mato Grosso. A lista traz 4 municípios entre os possíveis exportadores: Lucas do Rio Verde, Nova Ubiratã, Sinop e Sorriso.

O navio que vai levar o milho do “Nortão” é o M/V CHLOE (IMO 9749910), um cargueiro mercador do tipo Panamax. Não a toa esse é o tipo de navio limite para atravessar o canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. O TUC de Barcarena foi projetado para exportar grãos para o mercado asiático, com capacidade para 4 milhões de tonelada/ano. Isso porque está a 20,1 mil quilômetros da China e 7,75 mil mais perto da Europa em comparação com os portos do Sudeste.

O Terminal de Vila do Conde tem capacidade para receber navios que carregam até 120 mil toneladas. Com calado de até 16 metros, o TUP é a ponta final de uma estrutura logística que está sendo montada pela empresa pela hidrovia do Rio Tocantins, na Bacia Amazônica. “Os terminais que podem carregar Super Panamax vão ser favorecidos porque isso baixa ainda mais o custo de transporte. E, claro, deixa mais dinheiro na mão do produtor na fazenda”, assegura Bruno Serapião, presidente da empresa.

Ele conta que a frota de navios oceânicos no mundo tem muitos Panamax, mas eles serão substituídos com o tempo. “Nosso planejamento foi feito considerando o potencial uso de navios maiores”, antecipa.

O porto em Barcarena (PA), faz parte de um plano maior, que inclui a Estação de Transbordo de Carga em construção em Miritituba (Itaituba), também no Pará, e a compra de novas barcaças e empurradores para movimentação de commodities pela rota hidroviária, contribuindo para o escoamento da produção agrícola do Centro-Norte do país. Em suma, é a ponta final de uma cadeia logística, que começa com a BR-163 até Itaituba e termina com os Super Panamax em Vila do Conde.