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Marcha lenta

Projeto para construção do Exército em Sinop é novamente adiado

Pela 3ª vez Exército aumenta o prazo para elaboração do projeto. Nova data é 2017

Geral | 06 de Dezembro de 2016 as 18h 26min
Fonte: Jamerson Miléski

Em março de 2014, o Exército Nacional realizou uma solenidade para lançar a pedra fundamental do Batalhão que seria erguido na cidade de Sinop. Somente 4 meses depois, em julho de 2014, o 3º Grupamento de Engenharia, com sede em Campo Grande (MS), contratou a empresa para fazer o projeto do Batalhão de Sinop. A vencedora da licitação foi a F&F Construções e Projetos Ltda-ME, contratada por R$ 1.085.575,96 para fazer todo o projeto de engenharia necessário à implantação da unidade do Exército em Sinop. O prazo para execução era agosto de 2015. Até agora o projeto não foi concluído

Em setembro de 2016 o comando do Exército de Campo Grande prorrogou o prazo e aumentou o valor do contrato em R$ 59,6 mil. A empresa tinha até o dia 21 de novembro de 2016 para entregar o projeto final da unidade do Exército em Sinop, o que não ocorreu.

Nesta segunda-feira (6), o 3º Grupamento de Engenharia do Exército voltou a publicar um novo aditivo ao contrato, prorrogando o prazo. O Extrato de Termo Aditivo Nº 3/2016 (UASG 160141), estende para dia 20 de janeiro de 2017 o prazo para a empresa concluir e entregar o projeto.

No mesmo dia, o Grupamento publicou um segundo contrato para elaboração do projeto do Batalhão de Infantaria Mecanizado de Sinop – bem mais modesto que o original – feito a partir da tomada de preço 4/2016. A empresa contratada foi a D Sorares Empreendimentos e Construções (CNPJ: 20051915000133), do Estado de Minas Gerais, especializada em perfurações e sondagens. Na minuta do contrato, o Exército explica que a empresa fará “Serviços de elaboração de estudos e projetos de Engenharia para construção da infraestrutura do Batalhão de Infantaria em Sinop”. O valor do contrato é R$ 92.747,93 e a vigência é entre 18 de novembro de 2016 e 16 de maio de 2017.

Até essa data, o Batalhão do Exército em Sinop, que teve sua pedra fundamental lançada em 2014, continuará sendo apenas uma ideia sem projeto.

 

O batalhão de Sinop

Batizado de 58º Batalhão de Infantaria Mecanizado, o grupamento de Sinop está projetado para 800 homens. Sua estrutura segue o padrão de renovação do Exército que está sendo implantado em Cascavel (PR), com unidades mais modernas de Infantaria, que tem como principal arma os novos carros de guerra brasileiros, os blindados anfíbios Guaranis.

O batalhão será construído em 136 hectares, localizados no Alto da Glória, na antiga área do IBC (Instituto Brasileiro do Café). Conforme a licitação, cerca de 22,6 hectares receberão algum tipo de edificação e outros 50 hectares receberão paisagismo, conectando essas diferentes estruturas que formarão o quartel de Sinop.

O Batalhão de Sinop terá 11 pavilhões, 5 pavilhões do tipo garagem, dois estandes de tiro, 4 paióis, 7 quadras esportivas, 3 pistas de treinamento (atletismos, cordas e circuito), campo de futebol, piscina semiolímpica, ginásio, estação de rádio, heliponto com posto de abastecimento entre outras estruturas como setor administrativo, almoxarifado, estacionamento e posto de lavagem/abastecimento de veículos (veja o pré-projeto abaixo). 

A unidade do Exército em Sinop atuará, principalmente, no apoio logístico as operações desencadeadas pelo Governo Federal, desenvolvendo parcerias em programas e ações de segurança, proteção da faixa de fronteira e na regulação de produtos controlados. A região extremamente agrícola é uma grande consumidora de derivados de amônia, principais compostos de explosivos e, como tais, dependem da regulamentação do Exército.

Além da parte estratégica, o Exército será uma opção de formação para jovens, promovendo o recrutamento de aproximadamente 300 homens por ano.

O Exército precisa de R$ 70 milhões para erguer a estrutura – cifra que não inclui equipamentos, materiais bélicos e transferência de militares. Não existe uma fonte orçamentária ou um programa federal, que destine esse recurso. O único dinheiro “sinalizado” para a implantação do quartel de Sinop advém de uma emenda parlamentar do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), no ano de 2015, no valor de R$ 13,8 milhões.