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Mato Grosso

Quase dobra o número de menores de idade assassinados em MT neste ano

A maioria dos homicídios é cometida por motivos banais ou assuntos passionais, segundo delegado.

Geral | 19 de Dezembro de 2017 as 14h 54min
Fonte: Redação com G1 MT

Jovem, de 18 anos, morto com três tiros em outubro deste ano em Sinop | Arquivo GC Notícias

De janeiro a novembro deste ano, 48 jovens e adolescentes foram vítimas de homicídio em Mato Grosso, o que representa um aumento de quase 100% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando 26 menores de 18 anos foram assassinados. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

Em 2015, o número de mortos foi praticamente o mesmo que o deste ano. No mesmo período daquele ano, 49 jovens foram vítimas de homicídio. Dos assassinatos cometidos em 2015, 14 foram em Cuiabá e nove, em Várzea Grande.

De acordo com o delegado André Renato Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a maior parte dos casos ocorreu nos bairros periféricos das cidades. Muitas vezes, os motivos são banais ou têm ligação com assuntos passionais.

"Nos casos em que a DHPP têm atuado podemos perceber que grande parte ocorre em bairros da periferia, com pessoas de baixa escolaridade e por motivos banais", explicou.

A Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente divulgou recentemente os dados de homicídios, com análise por região.

O relatório da Abrinq diz que, embora na região Centro-Oeste o número de mortes de jovens e adolescentes seja menor que nas demais regiões do país, o resultado é alarmante quando somado. Em 2015, 966 menores de 19 anos foram assassinados. Isso corresponde a 17,3% do índice nacional.

Em Mato Grosso, 119 jovens e adolescentes foram mortos, vítimas de homicídio em 2015, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Abrinq.

De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, de maneira geral, 70% dos casos de homicídios são solucionados.

O Ministério Público Estadual reforça que de acordo com os levantamentos, os perfis, tanto de jovens mortos, quanto dos que matam, são muito parecidos. "Na maioria dos casos, são analfabetos ou semianalfabetos, negros, pobres que, sem perspectivas, buscam ascenção social, por meio do crime", disse o promotor de Justiça Mauro Viveiros.