Sinop
Rosana: “A nova arena já perdemos”
Prefeita não pretende enviar novo projeto e “luta” para que supermercado não vá para outro estado
Geral | 08 de Outubro de 2019 as 10h 36min
Fonte: Jamerson Miléski
O projeto de lei 053/2009 – que autorizava o município de Sinop a negociar a área do Estádio Gigante do Norte – foi arquivado antes de ser apreciado. Na sessão desta segunda-feira (7), os vereadores reprovaram o parecer da comissão de Justiça e Redação, o que na prática significa que o legislativo considerou a matéria ilegal. Com isso, o projeto de lei foi arquivado. Votaram contra o parecer os vereadores Adenilson Rocha (PSDB), Billy Dal’Bosco (PR), Dilmair Callegaro (PSDB), Ícaro Severo (PSDB), Joacir Testa (PDT), Leonardo Visera (PP), Lindomar Guida (MDB) e Luciano Chitolina (PSDB).
Sem o parecer da comissão o projeto não pode tramitar e a prefeitura de Sinop não tem a permissão para negociar a área. A decisão do legislativo municipal não foi bem recebida pela prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR). “Estou tremendamente decepcionada. Os vereadores realmente não querem o desenvolvimento de Sinop”, desabafou.
Para Rosana, não havia fundamentação para atestar a ilegalidade do projeto. A gestora citou o fato do parecer emitido pelo jurídico da Câmara ser pela tramitação do projeto e que os vereadores acabaram indo na contramão do que os técnicos recomendaram. “Todas as informações necessárias para aprovação do projeto estão lá. Não sei qual foi a razão que fez os vereadores serem contrários e reprovar o parecer”, declarou a prefeita.
Durante a sessão, os vereadores questionaram a ausência de um projeto detalhado para a nova arena, bem como a ausência da informação sobre o local em que ela seria construída (em qual área). Para Rosana, esses detalhes seriam trazidos no processo licitatório, que especificaria as normas. “Nós poderíamos ter lançado uma inexigibilidade [quando se despensa a licitação em razão da exclusividade do objeto pretendido], mas fizemos um chamamento, para deixar mais transparente e aberto para qualquer um disputar. Não faz sentido a prefeitura gastar com o projeto de uma nova arena sem a certeza que teremos a permissão para fazer o negócio. Teria sido um gasto a toa”, argumentou.
Frente a posição dos vereadores, Rosana disse que acredita que não mandará mais o projeto para Câmara. Ela revelou que, assim que os vereadores reprovaram o parecer, os diretores do Grupo Assaí entraram em contato com ela. Conforme Rosana, o grupo deve se reunir hoje e decidir se mantém o interesse em investir em Sinop. “A partir disso vamos avaliar a situação”, pontuou.
Rosana lembrou que o plano de expansão do Grupo mirava Sinop mas também Rondônia. Durante quase um ano do primeiro contato dos representantes do Assaí Atacadista, a gestora articulou para que a nova loja da rede fosse em Sinop – tendo como motivação a geração de emprego e renda para cidade. “A oportunidade de ter uma nova arena esportiva é ponto perdido. Dificilmente reverteremos isso depois que a Câmara reprovou o projeto. A luta agora é para que Sinop não perca o investimento de uma nova empresa se instalando na cidade”, pontuou.
A prefeita afirmou que, desde a última audiência pública, os investidores do Grupo Assaí ficaram receosos com a proposta de negociar a área do estádio e começaram a buscar por um outro imóvel. Um terreno, de frente para BR-163, próximo ao Estádio Municipal, está sendo sondado pelos investidores. “No caso específico desse terreno é necessário fazer a desafetação de uma rua, que ainda não foi aberta. Esse processo passa pela Câmara. Eu não sei o que esperar dos vereadores”, declarou Rosana.
A diretoria do Grupo Assaí deve repassar uma posição para prefeita hoje a noite. O grupo é o principal interessado em adquirir a área do Estádio. O procedimento todo foi desencadeado após os investidores provocarem o poder executivo municipal.
A proposta do Assaí
Em novembro de 2018 a Succespar Real Estate Desenvolvimento Imobiliário S.A. – uma empresa que prospecta negócios para o Grupo Pão de Açúcar – procurou o poder judiciário e a prefeitura de Sinop declarando interesse em adquirir a área do Estádio municipal. No local seria erguido um complexo comercial com um grande supermercado de perfil atacarejo, bandeira Assaí, além de uma street commerce, com 5 lojas, incluindo Mac Donald’s e Pizza Hut.
O grupo ofereceu R$ 26,7 milhões ou a construção de uma nova arena esportiva, como permuta. A avaliação conduzida pela justiça acabou apontando que o valor do imóvel era de R$ 61 milhões. O grupo recuou da vontade de adquirir todo o imóvel e passou a considerar a aquisição de um terço – mantendo o orçamento para investimento na casa dos R$ 26,7 milhões – mais R$ 50 milhões para construção do supermercado.
A prefeitura então pediu a permissão da Câmara para fazer o negócio. Em agosto desse ano Rosana enviou para Câmara o primeiro projeto de lei. Nele, a prefeita pedia a permissão para permutar um terço da área do estádio para instalação de um supermercado, em troca de uma nova arena esportiva – que seria erguida na área restante do terreno. Uma audiência pública foi realizada e, com ela, o projeto foi alterado.
Na nova matéria Rosana pedia a permissão para permutar um terço do imóvel (33,7 mil metros quadrados) por uma nova arena esportiva no valor mínimo de R$ 26,7 milhões – em local a ser determinado – e também para leiloar os dois terços restantes. Esse foi o projeto que a Câmara derrubou.
O Grupo Pão de Açúcar projetava erguer um atacarejo em Sinop com 17 mil metros quadrados de área construída e 11 mil metros quadrados de estacionamento, com pelo menos 400 vagas. Seria um empreendimento “relâmpago”, que abriria as portas em 6 meses, gerando 500 empregos diretos.
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