Sinop não atingiu a meta de vacinação contra sarampo e pólio

Recomendação é para que seja realizado um novo Dia D

Na sexta-feira (31), encerra a campanha nacional de vacinação contra a pólio e o sarampo. Apesar das ações realizadas pela secretaria municipal de Saúde, Sinop não atingiu a meta mínima de cobertura vacinal. Os esforços eram para que pelo menos 95% das crianças fossem vacinadas. No entanto, em Sinop, apenas 88,5% receberam a imunização.

De acordo com as estatísticas do Ministério da Saúde, Sinop possui 8,3 mil crianças entre 1 a 5 anos de idade, que são o público alvo da campanha nacional. No entanto, apenas 7,3 mil crianças receberam as vacinas contra a poliomielite e o sarampo durante o mês de agosto. Isso significa que pelo menos 1 mil crianças estão expostas a doença. O sarampo, que havia sido eliminado em 2016, voltou a ser registrado no país. Este ano, já foram confirmados 1.428 casos, em 8 estados, com a ocorrência de 7 óbitos em crianças até cinco anos.

A baixa adesão a campanha de vacinação não é exclusiva de Sinop. De acordo com os dados da secretaria estadual de saúde, 53% dos municípios não atingiram a meta de vacinação. O pior desempenho foi na cidade Campinápolis, que vacinou apenas 16% das crianças. Já o melhor desempenho foi da cidade de Tabaporã, que ultrapassou as estatísticas do Ministério, com uma cobertura vacinal de 109%.

A recomendação do Ministério da Saúde é que seja realizado um novo dia D da campanha de vacinação nos municípios que não atingiram a meta.

Importância da vacina

A vacina é o principal bloqueio de doenças e é gratuito pelo SUS. A prevenção por meio de vacinação previne a morte. A atualização do cartão de vacina é fundamental inclusive para se ter o acesso e manter o benefício de programas sociais como o Bolsa Família.

Recentemente em Mato Grosso, o Governo do Estado sancionou a Lei 10.376/agosto/2018, de autoria do deputado estadual Silvano Amaral (MDB), instituindo a obrigatoriedade de apresentação do cartão de vacina no momento de realizar a matricula escolar em escolas do Estado.

Os pais que não apresentarem a carteira de vacinação atualizada serão acionados pelo Conselho Tutelar que adotará as medidas legais cabíveis, mas que a criança e o adolescente não terão o direito a matricula negado em razão da falta ou de desatualização da caderneta de vacinação.