Sinop
Três anos após ser sabotado, prédio histórico desaba de vez
Estrutura do Colonial que teve sua cobertura serrada em novembro de 2013 acabou colapsando
Geral | 26 de Abril de 2017 as 11h 16min
Fonte: Jamerson Miléski
Passados 3 anos e 5 meses do vandalismo que levou a queda de parte da cobertura do prédio histórico do Colonial, em Sinop, o que restou da estrutura veio ao chão. Nas últimas semanas a parte de madeira do prédio colapsou duas vezes. O que restou do antigo restaurante foi a parte de alvenaria, que corresponde a 20% da estrutura.
Tombado por lei municipal, o imóvel foi parcialmente derrubado em um ato criminoso, no dia 16 de novembro de 2013. O laudo produzido pela Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), na época, apontou que o prédio histórico foi derrubado por ação externa. “A estrutura foi rompida com o uso de um instrumento do tipo serra. Não caiu por excesso de carga. O mecanismo de colapso foram os cortes feitos na tesoura primária, que sustentava a cobertura”, explicou o perito, relatando que cerca de 45% da estrutura do prédio veio abaixo.
Desde então o Colonial foi cercado. A decisão judicial que previa o início da restauração do prédio, responsabilizando os proprietários e a prefeitura, foi revogada. Uma nova ação foi motivada pelo Ministério Público para a reconstrução. A Colonizadora Sinop – detentora da posse do Colonial e que disputa judicialmente com a Vitalle a propriedade do imóvel – se propôs a reconstruir o prédio em outro local, indicado pelo município.
Prédio do Colonial após a primeira queda, em novembro de 2013
O processo tramita na 6ª vara, sob a tutela do juiz Mirko Vicenzo Gianotte. Segundo o advogado da Colonizadora Sinop, Rodrigo Goulart, a prefeitura ainda não destinou um local para reconstrução. “A partir da definição da área, a Colonizadora tem 60 dias para apresentar um anteprojeto da reconstrução. Aceito o projeto, a empresa irá apresentar um cronograma de reconstrução do Colonial. Como é uma obra que precisa respeitar as características históricas, com as mesmas telhas, tipos de madeira e outros detalhes, é difícil definir um prazo para conclusão”, ressaltou o advogado.
Em 2015 a prefeitura chegou a sinalizar a área onde seria reconstruído o Colonial. O local que abrigaria o prédio era uma parte do terreno onde está o viveiro de Mudas do Município, mais especificamente na esquina da Avenida das Itaúbas com Flamboyants. A prefeitura não confirmou o terreno para o judiciário. Nesse mesmo local existe uma estação de monitoramento das águas do subsolo, implantada no ano de 2010 pelo o Serviço Geológico do Brasil, órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia. O poço de 50 metros de profundidade, combinado com uma estação climatológica, é utilizado para medir o comportamento do aquífero Ronuro, um dos integrantes da bacia do Parecis, que está embaixo da cidade de Sinop.
O GC Notícias contatou o procurador jurídico da prefeitura, Marcel Vieira, que não se manifestou sobre a posição do município em relação a determinação do terreno para a reconstrução do Colonial.
Reconstrução
Prédio do Colonial hoje
No acordo firmado entre o Ministério Público, Colonizadora Sinop, a Vitalle e a prefeitura de Sinop, além do antigo restaurante de 625 metros quadrados, empresa se propôs construir um Centro Cultural. O elemento principal do complexo deve ser a cópia fiel do Colonial. Todos os elementos aproveitáveis da edificação serão empregados na reconstrução. O que não for possível, será refeito respeitando as mesmas características arquitetônicas.
O prédio terá a mesma dimensão do original: 25x25 metros. Além do Colonial, a Colonizadora terá que implantar um coreto e fazer toda a parte de urbanização da área, transformando o terreno em uma praça pública.
Ainda não se sabe qual será a utilidade final do novo Colonial. Cogita-se utilizar o espaço para implantação do Museu de Sinop, para abrigar a biblioteca pública ou mesmo fazer um centro para apresentações culturais – o que seria redundante, uma vez que a cidade já conta com um Centro de Eventos, mais amplo e moderno, que acaba sendo subutilizado.
Não há uma estimativa de custos mas a reconstrução deve passar de R$ 2 milhão.
Compensar a história com o futuro
Segundo Rodrigo Gourlart, a Colonizadora já assumiu o ônus da queda do Colonial. “Esse prejuízo que recai sobre a empresa é um ponto pacificado. A Colonizadora vai pagar essa conta”, afirma o advogado.
A questão, no entanto, é pagar a conta da melhor forma possível. Ao invés de reconstruir o prédio histórico, a empresa tem pensado na possibilidade de contribuir com o futuro do município. Um dos maiores problemas da cidade de Sinop é o déficit na educação infantil. São quase 2 mil crianças na fila de espera por uma vaga nas creches. Para suprir essa demanda, o município precisaria colocar em funcionamento as 3 creches em fase de conclusão e construir mais 3.
Essa é a proposta que tem circulado entre os diretores da Colonizadora: aplicar os R$ 2 milhões que seriam necessários para reerguer o Colonial na construção de creches. Pela iniciativa privada seria possível erguer duas grandes creches com esse recurso. “Não apresentamos essa proposta para o judiciário ou para a prefeitura, mas é algo bastante aceito pelos diretores da Colonizadora”, revela Goulart.
Para que a Colonizadora repare o suposto prejuízo histórico com uma compensação para o futuro da cidade, será necessário a anuência do judiciário e, principalmente, a aceitação da gestão municipal, a quem cabe tocar essas creches.
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