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Sinop

Usina pede permissão para paralisar a geração por 90 dias

Suspensão total é para fazer a revisão das máquinas e ajustar as obras de engenharia

Geral | 07 de Agosto de 2020 as 13h 59min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Assessoria

A Usina Hidrelétrica de Sinop está pedindo a permissão dos seus investidores e acionistas para suspender por completo a geração de energia entre 1º de setembro até 1º de dezembro. A paralisação total por 90 dias é um dos pontos que será discutido na Assembleia Geral de Debenturistas – convocada nesta terça-feira (4) pela diretora administrativo, financeiro e de relações com investidores, Vera Rett. A audiência está marcada para o dia 19 de agosto e será exclusivamente digital (via internet).

Segundo o diretor-presidente da UHE Sinop, Ricardo Padilha, qualquer paralisação das atividades que seja superior a 30 dias deve ser, por norma, comunicada ao mercado, com a devida anuência dos debenturistas e demais financiadores do empreendimento. Padilha afirmou que embora o pedido seja para suspender as atividades por 90 dias, as turbinas deverão estar prontas para gerar energia em aproximadamente 60 dias. “Definimos um prazo conservador, de 90 dias, que cobre um eventual imprevisto. Na prática, o que temos para resolver no empreendimento deve levar 60 dias”, afirmou o diretor.

A primeira razão para a Usina parar é a chamada “manutenção de 4 mil horas”. Quando o material rodante e de geração de uma hidrelétrica completa os primeiros 150 dias de uso, é programada uma “revisão” dos equipamentos – que é monitorada também pelo fabricante dos componentes. Para fazer essa manutenção da casa de máquinas da UHE é preciso parar a geração.

A segunda razão são ajustes nas obras de engenharia da usina. Conforme Padilha, uma intervenção será feita após a barragem, na chamada “parede de jusante” – estrutura que protege as comportas que vertem a água que passa pelas turbinas. Por cada uma das duas máquinas Kepler passam 800 metros cúbicos de água por segundo. São 1,6 milhão de litros por segundo, gerando uma energia cinética que é absorvida por essa “parede de jusante”. “Percebemos, no passado, instabilidades nessa estrutura [que não estaria desempenhando a função de acordo]. Por isso vamos aproveitar essa paralisação para ajustar”, explicou Padilha.

A paralisação que está sendo programada é, exclusivamente, para manutenção das máquinas e para as obras de adequação.

 

Parando na hora certa

Padilha disse que o período para paralisar a operação foi cuidadosamente escolhido. Segundo ele, a partir desse mês começa o período de baixa vazão do Rio Teles Pires – e por consequência do reservatório. No período das cheias, a vazão da UHE Sinop chega aos 2 mil metros cúbicos por segundo. “Ontem, quinta-feira, registramos uma vazão média de 325 metros cúbicos por segundo”, contou Padilha.

Fazendo a manutenção das máquinas e as obras necessárias no período de seca, a usina para na época do ano em que teria a menor geração de energia.