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Sinop

Vereador pede força tarefa para acabar com a baderna na Tarumãs

Avenida considerada um dos cartões postais de Sinop se tornou um ponto de desordem pública

Geral | 17 de Maio de 2016 as 16h 59min
Fonte: Jamerson Miléski

A reestruturação da Avenida dos Tarumãs, uma das principais vias de Sinop, gerou dois fatos antagônicos. Por um lado a avenida é apontada como um dos mais atrativos e belos espaços públicos do município. Por outro, acumula queixas quanto à forma como o local é ocupado.

As reclamações partem dos empresários que ajudaram a custear a reestruturação e também dos moradores. Nos finais de semana os estacionamentos construídos ao longo da via se transformam em uma espécie de “praça pública”. Jovens e adultos estacionam seus carros ao longo da avenida, alguns com som alto, consumindo bebidas e ascendendo narguilés – inclusive em frente a um hospital privado que fica na Tarumãs. Além da perturbação pública causada pelo movimento de pessoas, madrugada a dentro, os moradores e empresários relatam a falta de segurança no local, com brigas e acidentes de trânsito. Todas as manhãs o espaço público está repleto de lixo. Também não é raro encontrar fachadas de comércios e casas que foram usadas como mictório.

O assunto tem repercutido nas redes sociais e também reverberou na Câmara de vereadores, durante a sessão dessa segunda-feira (16). O principal catalizador dessas queixas é o vereador Fernando Brandão (PR). Há semanas ele vem relatando a reclamação das pessoas que possuem imóveis na Avenida dos Tarumãs ou mesmo nas ruas próximas. “Tem um abaixo assinado com a participação de 300 pessoas relatando a situação da Tarumãs e pedindo providências. Um dos mais belos locais de Sinop se tornou um ponto de descumprimento das leis e de desrespeito ao próximo. Precisamos fazer valer a ordem nesse espaço tão importante da cidade”, comentou Brandão.

O vereador está articulando uma reunião, que deve acontecer na próxima semana. Brandão quer reunir a Polícia Militar, Polícia Civil, o Conselho Tutelar e as secretarias de Trânsito e Meio Ambiente para propor uma mobilização de todas essas entidades relacionadas à segurança. A proposta é fazer uma força tarefa, não para banir as pessoas da Tarumãs ou coibir o seu uso. O que Brandão pede é que haja uma fiscalização mais intensa das leis nesse espaço, nos horários em que a população mais utiliza. Ou seja, um pente fino nos sábados e domingos. “As leis já existem e se forem cumpridas ninguém mais terá queixas na Tarumãs”, pontuou.

A estratégia é fazer com que a Guarda de Trânsito fiscalize o consumo de álcool por parte dos motoristas. Enquanto isso a secretaria de Meio Ambiente faria a verificação da poluição sonora, provocada pelo som automotivo – que é sua competência. Ao Conselho Tutelar caberia averiguar a presença de menores desacompanhados ou fora do horário permitido, coibindo também o consumo de álcool e dos populares narguilés. Essa força tarefa incluiria rondas da Polícia Militar para garantir a ordem no espaço, contendo possíveis brigas e dando sustentação às atividades dos outros órgãos. O mesmo caberia à Polícia Civil, já que existem relatos de consumo de drogas por parte dos jovens que ocupam a Tarumãs. “Precisamos mostrar para as pessoas a presença do poder público, das forças de segurança, para que todos se sintam seguros, que a diversão de uns não cause a perturbação na vida de outros. Não precisa inventar nada, só seguir as leis existentes”, pontuou Brandão.

A Avenida dos Tarumãs foi reestruturada em agosto de 2015. O espaço recreativo da via é novo, mas o problema não. Antes da avenida ser revitalizada, as queixas de baderna e desordem vinham dos empresários e moradores da Avenida Júlio Campos, a principal da cidade. Alguns anos antes as reclamações eram dos moradores do Edifício Jacarandás, já que o ponto de encontro dos jovens era a Praça da Bíblia.