Sinop
Vereadores suplicam por audiência para discutir a saúde
Moção de apelo pede ao Estado que realize uma audiência pública
Geral | 30 de Abril de 2019 as 11h 56min
Fonte: Jamerson Miléski

Entre críticas, cobranças e um descontentamento generalizado na forma como o Governo do Estado opera a saúde pública em Sinop, a medida encontrada pela Câmara de vereadores foi “apelar” por uma audiência pública.
Na sessão ordinária dessa segunda-feira (29), o vereador Luciano Chitolina (PSDB), apresentou uma Moção de Apelo, dirigida ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo e ao deputado estadual, Dilmar Dal’Bosco (DEM) – que tem sua base eleitoral em Sinop. Os 15 vereadores assinaram a moção, que foi aprovada extra pauta.
Tudo que os vereadores pedem das lideranças estaduais é que promovam uma Audiência Pública, afim de “melhorar o cenário atual”, da saúde pública. Ao longo da sessão houve várias manifestações sobre a precariedade da saúde no município, em especial no Hospital Regional de Sinop – unidade gerida pelo Governo do Estado, que tem como obrigação prover os atendimentos de média e alta complexidade.
Os vereadores, junto com a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR), estiveram no Hospital Regional na tarde desta segunda-feira (29). As lideranças municipais tentaram cobrar da direção da unidade mais participação do Estado na gestão de saúde. A compreensão é de que, com o Hospital operando precariamente, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município acaba superlotando, comprometendo os atendimentos e, em casos recentes, resultando em mortes.
Chitolina citou como exemplo da precária atuação do Hospital o fato de existirem dois leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que não estão sendo utilizados por falta de profissionais. O vereador Leonardo Visera (PP), foi além, dizendo que o Estado anuncia como economia na ordem de R$ 2,3 milhões por mês com a gestão direta é, na verdade, um corte de gastos que reflete no volume de atendimento. “O que o governo não diz, é que cortou pela metade os serviços. Que das 400 cirurgias por mês que tem capacidade de fazer, está fazendo apenas 200. Que dos 125 leitos, só 70 estão funcionando. Isso sem falar da UTI infantil, desativada, transformada em depósito de equipamentos”, criticou Visera.
Adenilson Rocha (PSDB), levou um caso pessoal para tribuna, mostrando o quão comprometidos estão os atendimentos no Hospital Regional. Segundo o vereador, seu irmão está há 7 meses esperando por uma cirurgia na unidade. “E como ele existem muitos outros na mesma condição. Sinop precisa dar o tom, precisa fazer o discurso para que o governador entenda que Sinop é a 4ª maior cidade do Estado e que não tem saúde”, pontuou Adenilson.
Para Chitolina, embora a função clássica do vereador seja tratar dos assuntos que dizem respeito ao orçamento municipal, o momento é de cobrar a contrapartida do Estado com Sinop. “O município não está omisso na saúde. A UPA é paga com os recursos do município e atende a todos os pacientes da região. Eu não vejo a mesma coisa acontecendo no Hospital Regional”, afirmou Chitolina.
O diretor do Hospital Regional, Jean Carlos Alencar, reconheceu que a unidade tem um déficit de servidores. Ele afirmou que a Secretaria estadual de Saúde está trabalhando para resolver o problema e que isso não tem impedido o atendimento de pacientes. “Nossas equipes de profissionais têm se desdobrado muito para tentar atender as demandas que hoje batem à nossa porta. É preciso dizer que hoje estamos em processo de contratação, para o próximo mês, atingir nossa necessidade de profissionais. Temos um déficit de profissionais tanto de técnicos de enfermagem, quanto de enfermeiro, mas isso não nos impede de atender à população. Não temos leitos fechados por questão de equipe”, declarou o diretor.
Em 2018, a Prefeitura de Sinop investiu em saúde duas vezes mais que o exigido em Lei. Foram R$ 110.149.006,35. Deste total, quase R$ 86 milhões, foram em recursos próprios, ou seja, 33,59%. A Lei obriga o município a investir 15%. Na assistência hospitalar e ambulatorial foram aplicados R$ 50 milhões e na atenção básica nas Unidades Básicas de Saúde outros R$ 37,6 milhões.
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