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Notícias dos Poderes | 17 de Dezembro de 2019 as 19h 10min

Quando amanheceu nesta terça-feira (17), a população de Sinop sabia que a Câmara de vereadores iria fazer uma sessão extraordinária e votar 15 projetos de lei. Quando o dia acabou, a Câmara fez duas sessões e votou 28 projetos de lei.

A manobra do legislativo municipal pegou até os jornalistas de surpresa. Quem chegou para cobrir uma sessão, acabou se deparando com duas, quase que simultaneamente.

O que aconteceu foi que a Câmara – para votar os projetos que sobraram na pauta – convocou uma sessão extraordinária para esta terça-feira (17). Sessão “extra” porque conforme o calendário legislativo, os trabalhos da Câmara encerrariam no dia 11 de dezembro, com a 43ª e última sessão ordinária.

No entanto, na pauta da sessão extra estava um projeto de resolução, que alterava o calendário legislativo – já cumprido – criando uma nova sessão ordinária. Essa sessão, por acaso, foi realizada em sequência da sessão “extra”, com um módico intervalo de 10 minutos.

O motivo da Câmara não votar todos os projetos pendentes na sessão extraordinária é que parte dessas matérias só poderiam ser aprovadas em uma sessão ordinária. Ou seja: eram importantes demais para serem votadas sem prévia agenda.

O presidente Remídio Kuntz (PL), tratou o assunto como mera questão fonética, realizando uma sessão ordinária, que não estava no calendário e convocada com menos antecedência que uma extraordinária.

Foi nesse desaforo à lógica que se votaram 13 projetos. Foi uma pauta “de verdade”, sem moções e homenagens. Nesse pacote votado em primeira e única na sessão “puxadinho” estavam mudanças no código tributário, alterações no Plano Diretor (que beneficiam diretamente um empreendimento imobiliário), ampliação da gratificação dos fiscais, reajustes salariais, aumento nos vale-alimentação dos servidores, os salários dos políticos que o sinopense vai eleger no próximo ano, criação de cargos na Câmara e o número de vereadores na próxima legislatura.

Era uma “pauta-bomba”, que explodiu silenciosa, em tiro único, sem chance de revide.

O que o povo não vê, o eleitor não sente.