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Candidatos de classe

Notícias dos Poderes | 21 de Junho de 2016 as 17h 30min

A reformulação da lei eleitoral reduziu o tamanho e os valores das campanhas. Na eleição de 2016, candidatos terão menos tempo e disponibilidade de bens para “emplacar” o seu nome junto ao eleitorado. Saem na frente as lideranças já constituídas, que acumulam popularidade, status e, em geral, são conhecidas pela mídia. O mesmo vale para figuras políticas já conhecidas, mas estas precisam lidar com a rejeição natural do eleitorado.

A nova regra estimulou lideranças estabelecidas em outros setores a ingressarem na política. E eles vieram. Em Sinop teve até presidente da OAB cotado para prefeitura. Não se consolidou, mas ilustra bem a situação. Não chega a ser uma exclusividade dessa eleição. Tradicionalmente a maçonaria sempre tem um de seus membros ocupando pelo menos uma cadeira da Câmara. Mas nesse virou tendência. Até presidente da CDL que assumiu ontem a liderança da entidade renunciou para alçar uma vaga no legislativo. A eleição estará cheia de candidatos de classe... de entidades de classe! Não é algo que reprovável, mas merece algumas ressalvas.

O honesto e justo, para que processo eleitoral não se embaralhe com militância de classe, é que cada candidato respeite as normas do estatuto da entidade que pertence. Respeite em essência, não apenas as alíneas que o interessam e que são necessárias para que não seja expulso da agremiação. O segundo ponto, é observar a lei eleitoral e fazer uma campanha sem usar a entidade como escada. Do contrário, o candidato, vitorioso ou derrotado, impregnará uma estampa partidária na entidade do qual faz parte. Ou seja, todo pleito futuro pode ser visto como manobra política. Vide a Fiesp e a divisão do país em dois blocos. Sinop não precisa disso. Candidato que sai da entidade, mas a entidade não sai do candidato é desleal e improdutivo.

Não misture a divulgação da Câmara com a propaganda para chegar à Câmara.