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Impeachment da prefeita?

Notícias dos Poderes | 20 de Fevereiro de 2019 as 07h 50min

Whatsapp nunca esteve tão na moda entre os políticos. E nem estamos falando do Bebianno. Na segunda (18), na sessão da Câmara de Sinop, um vereador cogitou pedir o impeachment da prefeita Rosana Martinelli (PR), baseado em um áudio de Whatsapp.

Adenilson Rocha (PSDB), foi até a tribuna com seu telefone celular com a pose de quem carregava um documento ultrassecreto vazado pelo Wikileaks. Aproximou o aparelho do microfone e deu play. Era um áudio, visivelmente gravado pela prefeita, que provavelmente foi enviado para algum “amigo” que o vereador também tem em comum. Adenilson sequer falou a origem ou como obteve tal gravação, mas segue o curso.

No áudio, Rosana parece estar dando explicações à alguém por não ter feito algo. Ela justifica sua “falha”, dizendo que foi um dia difícil, em que o assunto principal era a eleição das comissões permanentes da Câmara. A prefeita diz ainda que tanto ela, quanto seu assessor jurídico, estavam focados nisso, considerando ser de “fundamental importância”.

Assim que o som do áudio cessou, veio o chilique do vereador. “Se isso não for interferência entre poderes, eu não sei o que é”, disse. Adenilson afirmou que vai enviar o áudio do “zap” para o jurídico da Câmara e, caso os advogados achem coerente, entrará com um pedido de impeachment.

Dica: podia ter feito essa consulta antes de levar o áudio à público. A prefeita, se quiser, pode processar o vereador por invasão de privacidade e a corregedoria deveria questionar o decoro do ato.

Sobre o conteúdo do áudio, ao nosso ver, nada demais. É óbvio que a formação das comissões da Câmara é um assunto importante para o executivo municipal e a prova disso é que nenhum projeto que saiu da prefeitura foi votado até agora. A preocupação da prefeita é legítima, principalmente pelo fato de que usa o expediente de votar projetos extra-pauta com muita frequência. Se torcer – ou mesmo articular - para ter legisladores da sua base nas principais comissões for “interferência entre poderes”, como disse Adenilson, então pode impichar o presidente, o governador e a maioria dos prefeitos do Brasil.

Em termos de dar show, a gente preferia aqueles que Adenilson fazia quando era DJ.