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Imprensa também é serviço essencial

Notícias dos Poderes | 09 de Julho de 2020 as 07h 48min

A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), encaminhou para Câmara de vereadores um projeto de lei que pede o remanejamento de recursos, afim de aumentar o orçamento para publicidade da prefeitura municipal.

A ação virou palanque de campanha para alguns vereadores – e para outros que sonham em ser, para continuar pendurados ao setor público. Nada de novo, apenas as críticas rasas, truísmos tolos, mas que para os ouvidos simples soam como música. Tipo: “vai gastar com propaganda em meio a uma pandemia”; “tem que colocar esse dinheiro na UPA”... e assim por diante. A mesma Câmara que se orgulha de ter devolvido recursos para ajudar a classe artística em meio a uma pandemia, agora considera “fútil” investir em publicidade. Não é princípio. É oportunismo.

Em defesa própria, de quem faz parte da imprensa de Sinop - ainda que seja uma pequena peça – o GC Notícias vem lembrar aos críticos de plantão que as empresas de comunicação fazem parte dos serviços considerados essenciais. Está lá, nas leis e decretos. Assim como médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, os profissionais da comunicação seguem trabalhando colocando suas vidas em risco durante a pandemia. Nós do site, menos. A “bucha” grossa está sendo segurada pelos repórteres e cinegrafistas, das TV’s e rádios de nossa cidade que precisam estar nas ruas, em cima do fato, para trabalhar.

Se alguns esquecem que a imprensa é um serviço essencial, outros também esquecem que é um setor majoritariamente privado. São empresas. Empresas que prestam um enorme serviço público inclusive fiscalizando os mal feitos públicos. São empresas que dependem da publicidade para pagar as contas e, em nesse período de pandemia, as propagandas do comércio também ficaram ralas. Diretores de veículos de comunicação que não possuem donos milionários estão sangrando para manter a equipe, sem dispensar pessoas ou deixar de levar a informação do dia para a sociedade.

Do primeiro caso de Covid-19 em Sinop, até o último, a imprensa estará noticiando. A entrega de kits, ou a falta deles. As vagas de UTI ou o pleito dos entes políticos por mais leitos. As medidas de prevenção que podem salvar o mais simples e menos instruído cidadão dessa cidade. A imprensa levará essa mensagem e não cobrará por isso.

Produzir notícia custa. Quem consome quer de graça. Quem recebe notícia de graça, quer qualidade e credibilidade como se estivesse pagando. Mas no fim, quem paga essa conta?

A prefeitura, que mais do que nunca precisa investir em publicidade para fazer sua mensagem chegar, tenta dilatar seu orçamento. Ao invés de apoiar, egoístas tentam usar o assunto para fazer auto-propaganda. Eles reconhecem a necessidade da publicidade para suas campanhas, mas para o executivo, isso não é digno. Isso é demagogia. Demagogia e falta de percepção da importância da imprensa para uma sociedade livre.