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MP anestesiado para Fake news

Notícias dos Poderes | 28 de Maio de 2020 as 09h 11min

Para muitos juristas o ato do Supremo Tribunal Federal (STF) em ter insaturado um inquérito, aberto diretamente pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que resultou na operação de combate a fake news deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (27), em vários estados e com mandado de busca também em Sinop, sem passar por aprovação do Ministério Público é motivo de extensa discussão jurídica.

Deixando essa discussão de âmbito nacional um pouco de lado, cabe ainda uma breve análise desse acontecimento relacionado a outros pontos semelhantes e com sérios reflexos no cotidiano de Sinop.

O termo fake news se tornou popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais. Algo que não é recente no Brasil, mas que parece ter se intensificado ainda mais em tempos de pandemia, seja pelo fato de que as pessoas estão mais tempo em casa, em isolamento, com mais acesso as redes sociais, ou seja, pelo fato de que muitos se aproveitam das crises de forma criminosa.

O que causa estranheza é a inércia do Ministério Público quanto à fake news em Sinop. Defensor independente da sociedade e da democracia. O Ministério Público tem se mantido alerta sobre a abertura do comércio, aberturas de escolas, mas parece não ter visto o vasto número de fake news disseminadas em páginas e perfis públicos em redes sociais e até mesmo sites de notícias.

Talvez os defensores da democracia e dos interesses sociais não tenham se atentado que informações falsas em tempos de pandemia do coronavírus refletem diretamente na rotina do sinopense, geram pânico social e obrigam as instituições públicas de saúde a mobilizar um aparato de profissionais para tentar desmentir fake news, porque é de conhecimento público de que a verdade não viraliza com a mesma proporção.

Quem não se recorda no início da pandemia, entre os meses de fevereiro e março, supermercado de Sinop desmentindo fake news, laboratório desmentindo fake news, os áudios sobre diversos casos sendo desmentidos por médicos. Ou em abril, no dia da mentira, o pânico causado na cidade produto de uma fake news. O mais recente foi a dos vários professores que teriam contraído coronavírus ao distribuir cestas básicas.

Todas quase que produzidas e reproduzidas pelos mesmos mecanismos, uma quadrilha, agindo diante dos olhos dos órgãos e instituições de fiscalização que defendem o interesse público, mas apenas e tão somente provocados.