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Não foi por falta de opção

Notícias dos Poderes | 09 de Outubro de 2018 as 11h 37min

No “Notícia dos Poderes” anterior falamos da perda de representatividade política que Sinop teve nessa eleição. Basicamente voltamos ao ano de 2003, quando tínhamos um deputado estadual e um federal. Dois dos três deputados estaduais não conseguiram se reeleger, o que pode ser entendido como um desejo por renovação do eleitorado. E nesse caso, não faltou opção.

Foram pelo menos 9 candidatos com sua base eleitoral em Sinop, o que provocou um fracionamento dos votos. Nessa eleição para deputado, cada cadeira na Assembleia Legislativa exigiu 63 mil votos. Esse foi o coeficiente eleitoral. Significa que, a cada 63 mil votos, a coligação consegue uma cadeira, a ser ocupada pelo candidato mais votado daquela chapa. Sinop teve 71 mil votos registrados, dos quais 10 mil foram em branco ou nulo. Ou seja, sobraram 61 mil de votos “bons”.

Com um “estica e puxa”, no melhor dos cenários, contando com o desempenho dos demais candidatos da coligação, esses votos seriam suficientes para Sinop colocar 3 deputados na Assembleia. Mas colocou só um. Dilmar Dal’Bosco teve 28 mil votos, mas apenas 5,6 mil vieram de Sinop.

O eleitor de Sinop fatiou seus votos entre Ícaro Severo (7 mil votos), Delegado Sérgio (5,9 mil), Silvano Amaral (5,4 mil), Hedvaldo Costa (5 mil votos), Adenilson Rocha (4,8 mil), Professora Branca (1,6 mil) e outros 287 candidatos de dentro e de fora de Sinop.

Na sessão da Câmara de Sinop dessa segunda-feira (8), o vereador Billy Dal’Bosco (PR), comentou o fato. Para ele, faltou maturidade da classe política de Sinop, que deveria ter assumido as rédeas do processo eleitoral e conter o número de candidaturas locais. A articulação para reduzir o número de candidaturas locais já foi utilizada em eleições anteriores. Em 2018, o expediente parece ter “saído de moda”. Os próprios diretórios locais canibalizaram seus candidatos. O PSDB de Sinop, depois de 16 anos sem lançar um candidato a estadual, lançou dois vereadores de primeiro mandato para deputado. O PR também colocou dois vereadores para disputar a Assembleia. O MDB tentou blindar a candidatura de Silvano, freando a candidatura de Joaninha. Ainda assim, lançou Michele Abreu, que fez 230 votos. Faltou menos de 600 votos para Silvano manter sua cadeira na Assembleia.

A classe política apostou na renovação e deixou o processo solto, como há muito tempo não se via. A renovação veio, de forma parcial. A filha do Riva foi a mais votada para deputada estadual. O único deputado que Sinop conseguiu eleger iniciará o seu terceiro mandato. Nenhuma das “novidades”, nem do NOVO nem dos velhos, prosperou. Sinop tem 4 anos para fortalecer essas lideranças anunciadas como novas, para que, em 2022 consiga mais espaço no poder.