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O dedo duro do telefone

Notícias dos Poderes | 08 de Janeiro de 2018 as 18h 54min

Existe uma liderança em Sinop, que não é político, mas habita e vive às custas do poder público, que tem uma característica peculiar. Toda vez que participa de uma conversa, esse sujeito grava com seu celular. Caso a outra pessoa diga algo que possa ser comprometedor – mesmo que seja fora de contexto – o cidadão utiliza o trecho da fala como ferramenta para fazer manobra política.

É um hábito e a prática é constante. Primeiro ele conversa com um lado e grava. Depois conversa com outro e mostra a fala, afim de semear a discórdia. Só que essa segunda conversa, obviamente, também foi gravada. E assim, fazendo um leva e traz, promovendo a discórdia entre pessoas que trabalham na coisa pública, esse sujeito se mantem incólume em seu cargo há quase 15 anos.

Com essa artimanha, o sujeito já conseguiu promover atritos entre vereadores e prefeito, mudar indicações de funcionários comissionados e até derrubar secretários. O ex-secretário de Saúde de Sinop, Manoelito Rodrigues foi uma dessas vítimas. Tudo no melhor estilo “dá o tapa e esconde a mão”.

Gravar a própria conversa com outras pessoas, grosso modo, não é crime. Utilizar dessa gravação para fins espúrios, no entanto, pode ser. De qualquer forma, não é uma prática muito honesta, algo normal, que você faz com os amigos no final de semana. Bom, pelo menos não deveria ser.

Quem ficou recentemente famoso por gravar conversas e depois utilizar dos áudios para se livrar dos próprios crimes foi o mega-empresário, dono da Friboi, Joesley Batista, que fez a manobra com o presidente da República. O “Joesley de Sinop” é mais amador, articulando bem abaixo disso, mas as suas ferramentas são as mesmas.

Fiquem atentos com o dedo duro do celular. O que disser poderá ser usado contra você.