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Ordem analfabética

Notícias dos Poderes | 05 de Fevereiro de 2019 as 11h 00min

Ontem, segunda-feira (5), a Câmara de vereadores de Sinop realizou a eleição para compor as comissões competentes da casa de leis. Comissões competentes são formadas por 3 vereadores que fazem o primeiro estudo dos projetos de lei que chegam à Câmara, autorizando ou não sua tramitação.

Houve tanto bate-boca sobre os métodos com que a eleição foi realizada, que a votação acabou sendo feita por “ordem analfabética”. Não é o GC Notícias que está dizendo isso, mas o presidente da Câmara. Ao explicar como seria o rito do processo, Remídio Kuntz disse que a votação seria por “ordem analfabética”.

Não é possível saber o que o exatamente o presidente da Câmara entende por ordem "analfabética". No dicionário, analfabética é uma língua que não possui alfabeto – basicamente um aglomerado de balbucios, grunhidos, assovios e estalos. Então, não se aplica ao caso dos vereadores que apenas “comem” algumas letras quando falam. Para ser na ordem "analfabética", primeiro deveriam votar aqueles que só resmungam, depois os que cacarejam e por fim os que relincham.

Mas não foi assim. A medida que a votação decorreu, foi possível ver na prática o que era essa tal “ordem analfabética”. É praticamente a mesma coisa que a ordem alfabética, no entanto, ao invés do nome de batismo, o vereador foi chamado para votar de acordo com sua “alcunha” política. Ou quase isso.

O primeiro a ser chamado para votar foi Ademir Bortolli (MDB). Até aí, segue a ordem alfabética. O segundo foi “Edimilson” Rocha (PSDB). Sim, Edimilson! Foi desse nome que Remídio chamou o vereador Adenilson Rocha ao longo de toda sessão. Depois do “E” veio o “B”, de Billy Dal Bosco – que na verdade se chama Ladimir Dal Bosco. O próximo deveria ser Gilmar Flores, mas como o piloto é conhecido pelo apelido “Joaninha”, acabou votando depois de Joacir Testa. O mesmo ocorreu com Maria do Socorro Pereira Cruz, que foi chamada na ordem “analfabética” pelo nome político: Professora Branca.

É evidente que a sequência de votação não comprometeu o resultado, que seria igual com ou sem ordem "analfabética". O deslize léxico de Remídio também não é uma falha grave. A sessão foi longa, extenuante e difícil de ser conduzida. Ponderação feita, cabe lembrar que o GC Notícias cobre todas as sessões da Câmara, desde o tempo do extinto Jornal Capital. E, eventualmente, gafes precisam ser registradas para mostrar para população qual é o nível do discurso no poder legislativo municipal.

Para quem ficou curioso, segue abaixo o vídeo da transmissão on-line da Câmara na íntegra. A votação e o “tropeço”, começam em 2:48:16.