Pistolão na saúde
Notícias dos Poderes | 11 de Maio de 2017 as 14h 41min
Com a notícia de que o governo de Mato Grosso realiza ainda esta semana uma transferência de aproximadamente R$ 3.498.582,44 para a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (OSS - Hospital Santo Antônio), uma nova modalidade aflora no mercado: o pistolão da saúde pública terceirizada. Nessa quinta-feira (11), pela manhã, um telejornal na capital informou que o hospital de Barra dos Bugres, com gestão recentemente assumida pelo Estado, está com pagamentos atrasado há mais de dois meses, registrando falta de medicamentos e material de curativo, com leitos vazios, equipamentos sucateados, sem realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, além dos servidores que estão com salários atrasados e não há previsão de pagamentos. A sociedade de Barra do Bugres implora para que o governo mantenha pelo menos a unidade em funcionamento.
Por outro lado, a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop vai receber o montante de recursos com os pagamentos de 2017 em dia, sendo que R$ 2.039.191,29 que é referente ao mês de outubro de 2014, quando o Hospital de Sinop sofreu intervenção. Além deste valor, será pago também mais R$ 1.459.391,15 referente à competência de abril de 2017. Ou seja, Sinop tem até o mês de abril com mais de 50% pago enquanto Barra do Bugres não vê a cor do dinheiro. O povo paga essa conta por não ter um padrinho político alinhado com OSS e com o governo, mesmo o executivo de lá fazendo parte da base aliada de Pedro Taques.
Isso mostra a força dos correligionários infrapartidários e o peso de um deputado federal que é defensor nato das OSS´s.
O que era regra, vira exceção no serviço público, graças a um pistolão.