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Rosana e a cloroquina

Notícias dos Poderes | 22 de Julho de 2020 as 16h 51min

Na manhã desta quarta-feira (22), durante a abertura oficial do Hospital de Campanha para atendimento de pacientes com Covid-19, a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), voltou a defender o uso de hidroxicloroquina para o tratamento da doença. “O kit Covid tem salvado vidas”, pontuou a gestora.

O “kit Covid” é o protocolo implantado pela secretaria de Saúde do município, contendo além da hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, AAS (Aspirina), zinco e ibuprofeno. Nenhum medicamento desse combo teve sua eficácia cientificamente comprovada. Os estudos mais promissores até agora indicam que a hidroxicloroquina é potencialmente perigosa no tratamento de Covid-19.

A posição da prefeita fica registrada aqui, para memória futura, porque a defesa ou negação da hidroxicloroquina acabou se tornando uma pauta política.

O Brasil tem uma história recente parecida: a fosfoetanolamina. Em 2016 pressões populares fizeram o Congresso Nacional aprovar uma lei para permitir o uso de uma droga experimental, que nunca passou pelos protocolos da Anvisa, no tratamento de pessoas com câncer. O tempo, e as pesquisas, mostraram que a milagrosa “Pílula do Câncer”, não tinha efeito. Seus defensores da época capitalizaram apoio político, mesmo defendendo um placebo social.